Economia

PCE: Índice preferido pelo Federal Reserve trará boas ou más notícias? Confira

29 fev 2024, 10:29 - atualizado em 29 fev 2024, 10:29
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As apostas para os cortes nas taxas de juros estão concentradas em junho, mas resultado do PCE pode mudar expectativas (Imagem: Getty Images)

O índice de preços das despesas de consumo pessoal (PCE, em inglês), o índice de inflação preferido do Federal Reserve (Fed) para guiar a política monetária dos Estados Unidos (EUA), pode trazer boas notícias para os investidores, caso ocorra um aumento menor do que o esperado na inflação. A expectativa do mercado é de um aumento de 0,3% na variação mensal e alta de 0,4% no núcleo.

O PCE é visto como o melhor índice para analisar a inflação americana, já que dá um peso menor ao custo de habitação e leva em conta como os consumidores agem quando os preços sobem.

Um aumento no PCE maior do que o esperado traria questionamentos sobre se a inflação está diminuindo o suficiente para garantir uma redução nos cortes de juros. Atualmente, as taxas estão entre 5,25% e 5,5%, enquanto o Fed aguarda que a inflação chegue a 2%.

Para Leandro Petrokas, diretor de research, mestre em finanças e sócio da Quantzed, “Entendo que o corte de juros possa demorar ainda mais e indica um processo de venda de ativos de risco, fortalecendo o dólar contra outras moedas”.

Leandro também destaca que as apostas do mercado durante o final de 2023 apontavam para um corte longo em março, mas as expectativas mudaram, com fontes do mercado apostando no mês de junho.

O CME FedWatch Tool, que traz as expectativas para os cortes nas taxas de juros, mostra uma probabilidade maior do evento ocorrer na reunião de junho, com 63,6%.

O que esperar para o PCE dos EUA?

Em um relatório do Bank of America (BofA), os analistas Antonio Gabriel, Pedro Diaz e Michalis Rousakis esperam um aumento de 0,3% na variação mensal do índice, com alta de 0,4% no núcleo e um declínio para 2,4% no índice ano a ano.

Além disso, há a expectativa de que a renda pessoal tenha aumentado 0,2% em janeiro, com declínios nas horas trabalhadas, compensando o crescimento do emprego e de salários.

Caso as expectativas estejam corretas, “a taxa anualizada de seis meses do PCE aceleraria de 1,9% para 2,4% e a taxa de 3 meses aumentaria de 1,5% para 2,5%”.

 

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