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Payroll: Nem mesmo melhor leitura do ano ajuda com incômodo de mercados

07 jul 2023, 12:25 - atualizado em 07 jul 2023, 12:25
Fed payroll Estados Unidos mercados
Wall Street opera mista, após payroll indicar que a  (Imagem: REUTERS/Scott Olson)

O payroll causa incômodo no mercado nesta sexta-feira (7). Apesar da criação de 209 mil de vagas de emprego em junho vir abaixo das expectativas dos analistas, um feito inédito neste ano trouxe uma notícia mais indigesta: o ganho médio salarial por hora.

Para Eduardo Moutinho, analista do mercado da Ebury, os mercados preferem, em sua reação, focar nos aspectos negativos do dado.

Desde a abertura, o índice das blue chips americanas, o Dow Jones Industrial Average (DJIA), e o S&P 500 (SPX) operam com recuos leves de 0,11% e 0,02%, respectivamente. Já o índice de ações de tecnologia, Nasdaq, destoa marginalmente dos últimos dois, avançando 0,05%.

O que assustou Wall Street foi o crescimento dos ganhos salariais de 0,4%, o maior em cinco meses, provando mais uma vez a robustez do poder de compra das famílias americanas. O Fed espera que o oposto disso aconteça, para assim controlar o pegajoso componente de serviços dentro da inflação americana.

“Ainda não estamos vendo evidências da temida espiral de salários-inflação, embora o crescimento teimosamente elevado dos lucros possa ser uma preocupação para os membros do Fed e uma justificativa clara para adiar os cortes nas taxas de juros para 2024”, traz Moutinho.

Com relação ao aperto monetário, os analistas do mercado entendem que o payroll de hoje é ‘carta branca’ para o Federal Reserve manter o curso monetário indicado pela ata do Fomc.

A minuta da última decisão monetária explicita uma posição majoritária em torno de mais aumentos na taxa de juros dos EUA.

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Aumento de juros é quase garantia na reunião de julho

Segundo os apostadores do Fed Fund, dá-se praticamente como certo a elevação da taxa de juros em julho para uma faixa de 5,25% a 5,5%.

A reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) ocorre entre os dias 25 e 26. Antes da primeira decisão do segundo semestre, os mercados ainda esbarram com o índice de preços ao consumidor (CPI) de junho, em buscas de sinais de desaceleração da inflação.

A diante, operadores veem cerca de 20% de chance de uma alta de juros em setembro e 40% de chance em novembro, após um aumento amplamente esperado de 0,25 ponto percentual na reunião de julho.

A projeção final da taxa de juros americana está em 5,6%.