Payroll: Criação de vagas de trabalho nos EUA desacelera e taxa de desemprego sobe a 3,9%
A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos desacelerou mais do que o esperado em abril e os ganhos salariais anuais arrefeceram, mas provavelmente é muito cedo para esperar que o Federal Reserve comece a cortar a taxa de juros antes de setembro já que o mercado de trabalho continua bastante apertado.
A economia norte-americana abriu 175.000 vagas fora do setor agrícola no mês passado, informou o Departamento do Trabalho em seu relatório de emprego nesta sexta-feira. Os dados de março foram revisados para cima, mostrando abertura de 315.000 empregos, em vez de 303.000 conforme informado anteriormente.
Economistas consultados pela Reuters previam abertura de 243.000 vagas, com as estimativas variando de 150.000 a 280.000.
- Seu WhatsApp pode ser uma “mão na roda” para suas finanças: entre na nossa comunidade gratuita, In$ights, e receba análises, recomendações de investimentos e notícias do Money Times.
A taxa de desemprego subiu de 3,8% para 3,9%, permanecendo ainda abaixo de 4% pelo 27º mês consecutivo.
Os salários aumentaram 3,9% nos 12 meses até abril, após uma alta de 4,1% em março. O crescimento dos salários em uma faixa de 3,0% a 3,5% é considerado consistente com a meta de inflação de 2% do Fed.
Na quarta-feira, o banco central dos EUA deixou sua taxa de juros referência inalterada na atual faixa de 5,25% a 5,50%, onde se encontra desde julho.
Os mercados financeiros continuam a esperar que o banco central inicie seu ciclo de afrouxamento monetário em setembro. Uma minoria de economistas acredita que a janela está se fechando. Desde março de 2022, o Fed aumentou sua taxa de juros em um total de 525 pontos-base.
Após as notícias da semana passada de que o crescimento econômico desacelerou consideravelmente no primeiro trimestre, a moderação na abertura de vagas pode alimentar preocupações de que a economia esteja perdendo rapidamente o ímpeto no segundo trimestre.
Porém, o enfraquecimento do Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre deveu-se, em grande parte, a um aumento nas importações, refletindo a demanda interna forte.