Paulo Guedes estuda criar gestora para operar fundo verde, mas não teria uma vida fácil
O ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, estuda fundar uma gestora de recursos para operar um fundo verde, isto é, focado em investimentos 100% sustentáveis, após cumprir sua quarentena obrigatória por ter deixado o governo há pouco tempo. Seu sócio seria Gustavo Montezano, que presidiu o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no governo Bolsonaro.
A informação é da coluna Radar da revista Veja desta semana. De acordo com a publicação, tudo ainda está no plano das ideias. Guedes também foi convidado a escrever um livro sobre sua passagem pelo governo federal.
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Com isso, Guedes retornaria à sua origem – o mercado financeiro. O ex-ministro foi um dos fundadores do Banco Pactual, em 1983, junto com André Jakurski e Luiz Cezar Fernandes. Ao deixar a instituição, no fim dos anos 90, fundo a gestora de investimentos JGP Nextar Fund, em sociedade com Jakurski. Guedes também foi sócio-fundador da BR Investimentos.
Paulo Guedes mira mercado em rápida expansão
Apesar da experiência, Guedes não terá vida fácil nesse segmento. Com o mundo cada vez mais preocupado em combater o aquecimento global e privilegiar boas práticas de sustentabilidade ambiental, o número de gestoras e fundos de investimento focados nesse segmento não para de crescer – inclusive, no Brasil.
Em janeiro do ano passado, a Anbima, associação que representa o mercado financeiro e de capitais, estabeleceu regras para conceder o selo “IS” (Investimento Sustentável) para identificar fundos 100% focados na sustentabilidade.
Outra categoria agrupa os fundos que não se dedicam integralmente a investimentos sustentáveis, mas incorporam critérios de boas práticas ESG em sua análise.
Tudo somado, até julho do ano passado, os fundos brasileiros com o selo “IS” já somavam 17. Outros cinco receberam o reconhecimento ESG. E mais 45 aguardavam a análise da Anbima para obter o carimbo de investimento sustentável ou ESG.