Paul Malicki: A união entre cientistas e mercado financeiro – o caso da EmpreX
Por Paul Malicki
O IPO do Nubank (NU; NUBR33) e a chegada do megafundo de capital de risco, a Softbank, colocaram o Brasil no centro das atenções dos investidores globais em 2021. O ano registrou a maior entrada de capital de risco na maior economia da América Latina até o momento. Com US$ 9,5 bilhões, os investimentos cresceram cerca de 165% em relação ao ano anterior, criando poder de fogo significativo para novos modelos de negócios disruptivos na região.
“Embora esses números recordes indiquem um futuro promissor pela frente, a dinâmica competitiva entre os provedores de serviços financeiros no terreno hoje permanece nos estágios iniciais.” – explica Silvan Roth, CEO da EmpreX, uma fintech de crédito. – “Do total de R$ 173 bilhões de empréstimos originados em 2020, apenas uma pequena fração de aproximadamente R$ 9 bilhões veio das fintechs e, mesmo com o dobro do número de novos players no mercado ante o ano passado, isso representa apenas 1% do volume total de empréstimos.”
Com os 5 maiores bancos ainda controlando mais de 80% do mercado, as pressões competitivas permaneceram baixas. Os bancos não foram incentivados a alterar suas políticas de preços de maneira considerável até o momento.
“Isso está prestes a mudar de maneira significativa”, explica Roth. Com uma equipe de cientistas e profissionais do mercado financeiro, o jovem CEO aposta nas recentes mudanças regulatórias introduzidas pelo Banco Central do Brasil. A série de leis introduzidas com o Open Banking facilita a troca simples e segura de informações financeiras cruciais a pedido do usuário final, com qualquer prestador de serviços escolhido.
“Semelhante ao consumidor americano, o brasileiro médio utiliza 3 contas bancárias para administrar sua vida financeira. Isso significa que, embora os bancos possam ter uma vantagem sobre os credores não bancários ao acessar as informações de transações mais granulares que passam por suas contas, sua análise de risco foi limitada. Avaliar a qualidade de crédito de alguém olhando para um terço do quadro financeiro representou um grande desafio para os bancos e resultou na persistência de serviços financeiros com preços ruins.”
Na nova realidade do Open Banking, o usuário tem um superpoder – seus dados. Com a capacidade de compartilhar uma visão do quadro financeiro completo entre contas, a concorrência pelos provedores de serviços com os melhores recursos analíticos está acirrada e o consumidor pode acessar serviços financeiros com preços mais competitivos.
A EmpreX está se posicionando na vanguarda dessa nova realidade rica em dados, usando tecnologia de ponta para extrair informações valiosas dos dados e trazer benefícios financeiros significativos para o usuário brasileiro na forma de melhores empréstimos. “Em nossa fase inicial, estamos oferecendo aos brasileiros a troca de seus empréstimos bancários caros com saldo devedor de até R$ 20.000 por um empréstimo da EmpreX, resultando em parcelas mensais mais baixas e devolvendo dinheiro ao bolso do consumidor”, afirma Roth.
Com sua solução digital altamente automatizada, os brasileiros podem realizar economias de milhares de reais em apenas alguns cliques. “Nossa oferta de refinanciamento de empréstimos bancários caros e existentes aborda o cerne do problema de crédito brasileiro e traz uma nova dinâmica competitiva para o mercado dominado pelo oligopólio bancário”, explica Roth.
A EmpreX foi fundada em 2020 e tem como objetivo se tornar líder em crédito pessoal no Brasil, sendo pioneira na mudança da precificação baseada em risco nos próximos anos.
Paul Malicki é CEO da Flapper, empresa de gestão de aviação, tecnologia e luxo. Com passagens de peso em três unicórnios: Nubank, Farfetch e Easy Taxi (adquirido pela Cabify) e vasta experiência com empresas de tecnologia em mais de 40 países, Malicki também é autor do livro “The Chief Mobile Officer” e eleito na lista de 2017 da Forbes U30.