Patrimônio de fundos cresce 15,27%, atinge R$ 5 trilhões e bate recorde em 2019
A indústria brasileira de fundos de investimento encerrou dezembro com patrimônio líquido de R$ 5,02 trilhões. Trata-se do maior nível da história, de acordo com a Economática. A cifra representa ainda uma alta de 15,27% sobre dezembro de 2018. As empresas brasileiras listadas na B3 (B3SA3) somaram, em dezembro, um valor de mercado de R$ 4,5 trilhões.
Convertido para dólares, o patrimônio dos fundos brasileiros cresceu num ritmo menor – 5,6%, para US$ 1,255 trilhão. Segundo a consultoria de informações financeiras, o volume ficou aquém do recorde de US$ 1,27 trilhão, registrado em julho do ano passado.
Com a queda da taxa básica de juros (Selic), no ano passado, para o seu menor nível, uma maior fatia de recursos foi alocada em renda variável (ações, fundos multimercados etc.). Por isso, a Economática registra outro recorde.
Em dezembro, o total investido em renda variável somou R$ 508,9 bilhões. Trata-se do maior valor nominal (isto é, sem considerar a inflação) já registrado pela indústria de fundos do país.
O montante representou 10,14% do patrimônio total dos fundos no mês passado. Este não foi, contudo, o maior percentual alcançado pela renda variável. De acordo com a Economática, essa liderança cabe a março de 2013, com 10,32%.
Dentro do segmento de renda fixa, a maior parte dos recursos estava aplicada em títulos públicos (44,41%) em dezembro. Apenas uma pequena fatia estava alocada em títulos privados de renda fixa. As debêntures, por exemplo, responderam por 3,89% do total.
Para determinar o patrimônio de cada fundo, a Economática subtraiu, do patrimônio total dos fundos, o valor que possuíam em cotas de outros fundos, para que não houvesse duplicidade na contagem.