Inflação

Passagens aéreas, transportes e alimentos: Veja o que pode aliviar a inflação do IPCA de janeiro

07 fev 2024, 18:08 - atualizado em 07 fev 2024, 18:08
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IPCA, que mede a inflação do país, será divulgado nesta quinta-feira (8) (Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve desacelerar no primeiro mês de 2024 — o dado será divulgado nesta quinta-feira (8), às 09 horas, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo especialistas, passagens áreas, transportes por aplicativo e emplacamento de veículos justificam a freada esperada para janeiro.

A Warren Investimentos projeta uma alta de 0,35% no IPCA de janeiro e variação de 4,44% em 12 meses. A projeção de 2024 é de 3,9%, considerando um balanço de riscos baixista. Para 2025, a corretora aposta em 3,5%.

A estrategista de inflação da Warren, Andréa Angelo, destaca que as pressões mais relevantes devem vir de alimentos no domicílio — devido, principalmente, à elevada inflação de alimentos in natura, além do clima e El Niño. Com isso, ela projeta uma alta de quase 2%.

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IPCA: O que esperar dos dados de inflação de janeiro?

Apesar da pressão dos alimentos, Angelo enxerga um cenário geral mais favorável para o IPCA do mês passado. “Entendemos que o balanço de riscos deste número [IPCA] é baixista em razão do grupo higiene pessoal, gasolina, transporte por aplicativo e artigos de residência”, afirma.

Para a estrategista, a desaceleração na inflação na leitura mensal entre dezembro (0,56%) e o dado esperado para janeiro será puxada pelo setor de transportes — passagem aérea, transporte por aplicativo e emplacamento/licenciamento.

“Na avaliação qualitativa, as principais medidas de núcleos deverão apontar variação média de +0,31%, desacelerando em relação ao dado anterior (0,46%)”, diz.

Outro ponto de atenção é a inflação de serviços subjacentes. Angelo estima que esse grupo poderá atingir +0,70%. Com isso, os serviços poderiam voltar a acelerar no acumulado de 12 meses para 4,95%.

No ano, é esperada uma alta de 4,7% para esse segmento — o que o leva a permanecer como risco altista, e a corretora aponta ser um fator importante desde a leitura do IPCA-15 de dezembro.

 

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