Internacional

Paris tem alta trimestral de casos graves de Covid-19, mas não planeja lockdown

09 mar 2021, 9:45 - atualizado em 09 mar 2021, 9:45
França Bandeira
Autoridades médicas da região de Paris, que representa cerca de um sexto da população francesa, ordenaram na segunda-feira que os hospitais cancelem 40% de suas atividades corriqueiras (Imagem: Reuters/Benoit Tessier)

A França não está planejando sujeitar a região de Paris a um lockdown, embora o número de pessoas com Covid-19 em unidades de tratamento intensivo seja o mais alto desde novembro, disse o diretor de saúde pública, Jérôme Salomon, nesta terça-feira.

Autoridades médicas da região de Paris, que representa cerca de um sexto da população francesa, ordenaram na segunda-feira que os hospitais cancelem 40% de suas atividades corriqueiras para acolherem pacientes críticos de Covid-19.

Mas Salomon disse à rádio RTL: “Um lockdown na grande Paris não está na pauta”.

“Um lockdown é uma medida de último caso que seria apresentada ao governo e ao presidente se tivéssemos a impressão de que o sistema hospitalar poderia não suportar”, disse.

O número de pessoas com Covid-19 tratadas em UTIs do país atingiu 3.849, uma alta de 14 semanas e meia, na segunda-feira. A cifra foi de quase mil na região de Paris.

No Centro Hospitalar de Melun, cerca de 50 quilômetros a sudeste de Paris, funcionários disseram que estão sobrecarregados tentando monitorar todos os pacientes de Covid-19 na UTI.

Coronavírus
O número de pessoas com Covid-19 tratadas em UTIs do país atingiu 3.849 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

“Com os leitos de tratamento intensivo em nossa região, e em certas outras regiões, estamos começando a chegar perto da lotação”, disse o doutor Moncef Monchi, chefe da UTI.

Na segunda-feira, a doutora Esther Mbakallu estava intubando um paciente sedado em um dos leitos de tratamento intensivo do hospital para aumentar a oxigenação de suas vias aéreas. Ela disse que o estado do paciente piorou e que ele precisa de ajuda mecânica para respirar.

“Ele estava assustado”, disse ela sobre o paciente antes de ele ser sedado para receber o tubo de intubação. “Estão circulando rumores de que pacientes intubados morrem, então ele tinha esse receio. Eu o tranquilizei.”

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