Parente: paralisação de petroleiros é política e sem reivindicação
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, classificou hoje (29) como “política” a paralisação de 72 horas dos petroleiros, anunciada para amanhã (30). Parente disse que o movimento não apresentou uma pauta reivindicatória e que houve um acordo, no ano passado, com vigência de 24 meses, incluindo reajuste salarial.
“Houve uma convocação de greve por parte de alguns sindicatos para três dias a partir de amanhã. Não existe pauta reivindicatória porque a pauta reivindicatória é muito mais de natureza política do que propriamente uma pauta de caráter de vantagens incluindo remuneração”, afirmou Parente, ao participar de uma teleconferência com investidores e analistas de bancos.
Carta
Parente disse que foi encaminhada ontem (28) uma carta aos funcionários da Petrobras, alertando sobre os riscos de uma paralisação para o país e a sociedade. “Fizemos uma carta de toda a diretoria a toda a nossa força de trabalho, que é uma força de trabalho, que tem operado nessa situação de crise com extrema dedicação engajamento e visão da relevância de preservarmos e minimizarmos os riscos para a operação da empresa”, disse.
Paralelamente, Parente afirmou que a Petrobras intensificou a comunicação com os empregados para evitar eventuais prejuízos, se a paralisação for deflagrada: “Confiamos que nossos colaboradores entendam o momento que estamos vivendo e esperamos, é nosso desejo, que de fato a gente possa passar por isso sem maiores consequências para a operação da empresa”
Advertência
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) disse que a paralisação é uma advertência em defesa da redução dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis. Também há críticas à gestão de Pedro Parente na Petrobras. A entidade destacou que a advertência é uma etapa das mobilizações que os petroleiros, decisão aprovada em âmbito nacional.
Na tarde de hoje seis entidades sindicais anunciaram apoio à paralisação dos petroleiros: Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Nova Central e a Central dos Sindicatos do Brasil (CSB).