Parceria entre Algorand e Archax deseja levar inovação ao setor DeFi
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Em seu primeiro grande anúncio desde sua atualização mais recente, Algorand afirma ter firmado uma parceria com Archax, corretora londrina de valores mobiliários, para “trabalhar em produtos financeiros autônomos e inovadores”.
Recentemente, Archax se tornou a primeira empresa a receber autorização da Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido (FCA) para operar como uma corretora de valores mobiliários digitais (ou “security tokens”) e Fornecedora de Serviços com Ativos Digitais.
Embora não haja uma data de lançamento para os produtos, Graham Rodford, CEO da Archax, afirma que a corretora planeja apresentar stablecoins autônomas — criptomoedas de valor estável que são apoiadas por contratos autônomos — e instrumentos líquidos alternativos, bem como produtos que irão abalar o setor de concessão e tomada de empréstimos e o de staking.
A visão da Algorand Foundation é de uma economia sem fronteiras e atritos que fornece suporte para a próxima geração de produtos financeiros.
Em uma parceria com a Algorand Inc., a fundação criou o protocolo blockchain proof-of-stake (PoS) Algorand — criado pelo ilustre criptógrafo, ganhador do Prêmio Turing, Silvio Micali.
ALGO é o ativo do protocolo, lançado em junho de 2019, com o preço de US$ 0,54 e uma alta de 150% desde 1º de janeiro de 2020.
Sendo um blockchain relativamente “novo”, Algorand se diferente de blockchains antigos como Bitcoin e Ethereum porque foi criado desde o início para direcionar aplicações complexas que requerem velocidade, escalabilidade, finalidade e segurança enquanto, ao mesmo tempo, é custo-benefício (algo sendo muito considerado por desenvolvedores neste momento devido às altas taxas de gás da Ethereum).
Escalabilidade é a capacidade de um sistema ou rede se ampliar e fazer a gestão da crescente demanda. Primeira camada é o termo usado para descrever a arquitetura principal e subjacente do blockchain.
Atualização do Algorand
Foi anunciado que a fundação e a Algorand Inc. estão atualizando o blockchain e lançando “amplos recursos de contratos autônomos que permitirão a criação de soluções de finanças descentralizadas (DeFi) e aplicações descentralizadas (dapps) que podem escalar para bilhões de usuários, dezenas de milhões de transações diárias, com mínimas taxas de transação”.
A fundação afirma que está integrando sua funcionalidade melhorada de contratos autônomos em seu protocolo de primeira camada com recursos já existentes como Transferências Atômicas, contratos autônomos sem estado e Ativos-Padrão da Algorand irão remover restrições sobre escalabilidade, velocidades de transação e altas taxas de transação (a taxa comum por transação na Algorand é de 0,01 ALGO) que há tempos prejudicam a adesão convencional do blockchain.
O foco da Algorand na atualização parece ser o crescente setor DeFi, pois afirma que as melhorias permitirão que desenvolvedores DeFi e de dapps na Algorand criem aplicações mais sofisticadas e amplamente escaláveis.
“DeFi dá ao mundo acesso a um número ilimitado de produtos e serviços financeiros”, afirma Micali. “É importante para que a nossa geração de dapps não fique estagnada por insuficiências dos blockchains de primeira geração”.
Ele acrescenta que o desempenho do blockchain atualizado irá rivalizar com as soluções atuais dos serviços financeiros conforme a indústria blockchain amadurece para substituir os sistemas financeiros tradicionais.
Com apenas um ano após seu lançamento principal, o potencial da Algorand parece evidente para uma gama de indústria, pois quase 400 empresas agora alavancam a a plataforma para criar aplicações em setores como investimentos (Republic), tokenização de ativos (Props), stablecoins (tether, USDC, Meld Gold), CBDCs (Ilhas Marshall), jogos (World Chess), seguros (Attestiv) e contabilidade (Verady).