Paraná deve buscar preço mínimo de R$ 73 por ações da Copel em oferta, diz CEO
O governo do Paraná deve perseguir um preço mínimo para a venda de parte de suas ações na estatal Copel (CPLE3; CPLE5; CPLE6), devido a uma lei estadual que não permite negociação dos ativos abaixo do valor patrimonial, e esse piso hoje seria de cerca de R$ 73 por papel, disse o presidente da companhia, Daniel Slaviero.
A empresa anunciou na véspera que seu conselho de administração aprovou recomendação para migração ao Nível 2 de governança corporativa da bolsa B3, o que será decidido em assembleia de acionistas. Mas o governo do Paraná condicionou a aprovação da proposta à venda de parte de sua fatia na empresa, embora prevendo manter o controle.
“O que acontece se o governo não conseguir realizar a oferta por causa do preço mínimo? A empresa continuará no Nível 1”, disse o CEO da Copel, após questionamento de um analista sobre a legislação estadual.
“Essa conta de referência, considerando o terceiro trimestre, esse valor seria ao redor de 73 reais”, explicou o executivo.
“Eu, particularmente, entendo que seria muito bom para a companhia migrar para o Nível 2”, acrescentou.
O governo paranaense espera realizar sua venda em uma oferta secundária, acompanhando um movimento do braço de participações do BNDES para vender ações que detém na Copel. O BNDES contratou o BTG Pactual (BPAC11) para coordenar a operação.
“O BNDES a gente sabe que eles têm sim um preço mínimo também, mas um preço mínimo interno, não é conhecido por nós”, disse Slaviero, após pergunta de um analista.