O paradoxo do etanol: Com nova dinâmica e corte da Petrobras (PETR4), qual deve ser a tendência dos preços?
Na semana passada, a Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou um corte de R$ 0,13 por litro no preço médio de venda da “gasolina A”, com efeito na última sexta-feira (16).
De acordo com informações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP), na semana passada, o preço médio da gasolina recuou R$ 0,03/litro no estado de São Paulo.
Na avaliação de Marcelo Di Bonifácio, analista da StoneX, há chance para mais uma rodada de queda nos preços na bomba nesta semana em função da redução pela estatal, que, na última semana, fez com que o preço do etanol caísse R$ 0,03/litro em São Paulo, com a paridade estável em 68,8%.
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“A redução pela Petrobras incentiva o consumo do biocombustível, que deve crescer neste mês de junho, ainda que valha lembrar que a paridade abaixo de 70% (favorável ao etanol) veio em maior parte pelo aumento do ICMS na gasolina, e também é resultado do crescimento da safra de cana no Centro-Sul”, explica.
Paradoxo do etanol
Por outro lado, há dois fatores que causam um certo “paradoxo” na composição de preços do etanol.
Segundo Bonifácio, o biocombustível conta com dois fatores conflitantes:
- tendência de baixa nos valores em função do crescimento da oferta por parte das usinas; e
- tendência de alta nos preços pelo crescimento da demanda por etanol, já que a paridade teve uma queda considerável.
Por fim, há expectativa para retomada dos impostos federais sobre a gasolina em julho. No entanto, não há certeza quanto ao valor dessa tributação, que deve mexer com os preços do etanol.