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Paradoxo desconfortável: Como conflito Hamas-Israel ajuda bolsas a dispararem

10 out 2023, 11:58 - atualizado em 10 out 2023, 13:43
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Mercado de ações avança, contrariando ideia de aversão nos índices acionários. (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Nova York voltou do Dia de Colombo no azul, afastando temores de que o conflito entre Israel e Hamas gerasse uma forte onda vendedora nos índices acionários globais.

Pelo contrário. Por mais desconfortável e estranho que possa parecer, o acirramento da guerra no Oriente Médio poderá sustentar o rali tanto para as ações, quanto para os títulos das dívidas.

Como isso pode ser explicado? Segundo analistas do mercado americano, o conflito em Gaza reorienta a percepção dos investidores para uma piora das condições globais, minando a confiança do consumidor. Nesse sentido, favorece-se a busca por ativos de menor risco, como a dívida soberana dos EUA

Esta procura pelos principais títulos soberanos acaba aliviando, juntamente, o mercado de ações, que se beneficia com queda dos rendimentos no mercado de renda fixa. Vale lembrar que quando se fala de títulos, preços e rendimentos são inversamente proporcionais.

Ou seja, um rali de compra no mercado de títulos, com aumento dos preços, pode ajudar a desbaratinar o ambiente ‘short’ (pressão de venda) que vem proporcionando disparada do rendimento das Treasuries desde a decisão do Federal Reserve, no último dia 21 de setembro.

“Acreditamos que o conflito entre Hamas e Israel pode levar a uma queda substancial das taxas de 10 anos”, diz Thomas Lee, especialista no mercado de títulos e cofundador da Fundstrat Global Advisors, em sua conta no X.

Nesta manhã, o rendimento dos títulos de 10 anos do governo americano cai 0,122 ponto percentual, de volta aos 4.674%.

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Bolsas sobem forte, com recuo de títulos

Às 11h50, nos Estados Unidos, Dow Jones Industrial Average (DJIA) , S&P 500 (SPX) e Nasdaq Composite (IXIC) sobem, respectivamente, 0,49%, 0,70% 0,91%.

Na Europa, todas as principais praças operas com fortes ganhos, com destaque para Frankfurt (DAX 40) que sobe 1,70% e Madrid (IBEX 35), com alta de 2,0%.

No Brasil, o Ibovespa (IBOV) subia 1.06%, acima dos 116.100,00 pontos, encaminhando o segundo dia de alta.