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Para Trump ver? China compra soja dos EUA antes de encontro entre presidentes

29 out 2025, 5:22 - atualizado em 29 out 2025, 5:22
Cofco international
Chinesa Cofco volta a comprar soja dos EUA, mas nada diz que transações vão continuar (Reuters/Thomas Peter)

A estatal chinesa Cofco comprou três carregamentos de soja dos Estados Unidos, disseram duas fontes do setor, as primeiras aquisições do país da safra norte-americana deste ano, pouco antes da cúpula entre os líderes Donald Trump e Xi Jinping.

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Enquanto as duas nações travam uma disputa por tarifas comerciais, a ausência de compras chinesas custou bilhões de dólares em vendas perdidas aos agricultores dos EUA, que em grande parte apoiaram Trump em suas campanhas presidenciais.

Embora o acordo da Cofco, referente a embarques entre dezembro e janeiro, totalizando cerca de 180 mil toneladas métricas de soja, tenha sido a primeira compra chinesa em meses, traders não esperam uma retomada significativa da demanda por carregamentos dos EUA após as recentes aquisições de grande porte na América do Sul.

A Cofco não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.

“A Cofco avançou com a compra de soja dos EUA mesmo antes de os dois líderes chegarem a um acordo comercial”, disse um trader de uma empresa internacional que fornece soja para processadores chineses.

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“Os volumes contratados pela Cofco não são tão grandes, três carregamentos por enquanto”.

Os futuros de soja na Bolsa de Chicago atingiram nesta semana o maior nível em 15 meses, após uma recuperação vinda das mínimas de cinco anos recentes, impulsionados pela esperança de um acordo comercial entre EUA e China.

Normalmente, a principal temporada de exportação de soja dos EUA ocorre entre outubro e janeiro, mas a China evitou comprar soja da safra de outono norte-americana este ano, em meio a prolongadas tensões comerciais com Washington, optando por fornecedores sul-americanos.

A Reuters foi o primeiro veículo a noticiar a compra dos três carregamentos pela China.

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Demanda fraca

A China, que responde por mais de 60% das importações globais de soja, já concluiu quase todas as reservas de carregamentos do Brasil e da Argentina até novembro, com compras limitadas previstas para dezembro e janeiro, antes da colheita brasileira.

“Os fornecedores norte-americanos perderam a maior parte do negócio de esmagamento de oleaginosas”, disse um segundo trader de grãos, que estima que a China precisará de cerca de 5 milhões de toneladas em embarques entre dezembro e janeiro, período em que as condições de mercado favorecem o Brasil.

As sojas dos EUA, que vinham sendo negociadas com forte desconto em relação às cargas brasileiras nas últimas semanas devido à demanda chinesa enfraquecida, se valorizaram nesta semana e agora estão com preços equivalentes, cerca de US$ 2,45 por bushel acima dos futuros de Chicago, segundo traders.

Compradores privados chineses tendem a preferir a soja brasileira por seu maior teor de proteína, que normalmente garante um prêmio sobre a soja norte-americana, explicou Jeffrey Xu, diretor-geral da OCI, consultoria de soja sediada em Xangai, junto com dois outros traders.

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Ainda assim, a China pode adquirir cerca de 8 milhões de toneladas de soja dos EUA para suas reservas estratégicas entre dezembro e maio, disseram os traders, compras realizadas por estatais como a Sinograin, o que representaria cerca de US$ 4 bilhões em valor.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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