BusinessTimes

Para ser como Itaú, Nubank precisa entregar retorno de 30% nos próximos 5 anos

03 dez 2021, 17:46 - atualizado em 13 dez 2021, 0:38
Nubank
Para o BTG, a história da fintech é claramente boa (Imagem: Reprodução/ Linkedin do Nubank)

Para conseguir ser avaliado como o Itaú (ITUB4), entre US$ 40 a US$ 50 bilhões, o Nubank precisará entregar um ROE (retorno sobre o patrimônio) de 30% nos próximos cinco anos, calcula o BTG, em relatório enviado a clientes.

O banco lembra que, atualmente, o Itaú tem retorno de 19%, mas a divisão de varejo historicamente entregou um ROE próximo de 30%.

“Esse parece ser o que Nubank está perseguindo”, completa o banco.

Lucrativo, mas não agora

Para o BTG, a história da fintech é claramente boa. A instituição tem poucas dúvidas de que o Nubank pode ser lucrativo.

No entanto, os analistas Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura dizem que é difícil saber exatamente o tamanho da lucratividade do negócio.

“Dada a deterioração do cenário macro brasileiro, ser prudente em relação ao crescimento em 2022 será a estratégia certa”, argumentam.

Como lucrar?

Na visão dos analistas, três fatores podem contribuir para o Nubank elevar a sua lucratividade:

  • Aumento contínuo da base de ativos mensais de clientes;
  • Aumento do ARPAC (receita média por ativo cliente) conforme mais produtos são desenvolvidos e o engajamento aumenta.
  • Reduzir o custo por cliente à medida que o grupo ganha escala;

“O Nubank conseguiu aumentar a aquisição de clientes em cortes mais recentes”, argumentam.

Queridinha do brasileiro

O trio ressalta que o Nubank construiu uma das marcas mais queridas e admiradas da América Latina com preços muito baixos em despesas de marketing.

“O banco tem como objetivo ser a melhor fintech do mundo, por isso a administração montou uma equipe internacional com experiência de mercado e pontos de vista variados”, afirmam.

E isso se reflete em resultados. Desde o início, o Nubank sempre manteve o maior NPS (Net Promoter Score, em inglês), que mede a satisfação dos clientes, entre os bancos.

Internacionalização 

Os analistas acrescentam que o Nubank possui uma fila de clientes na Colômbia, assim como aconteceu no Brasil e no México.

“Embora a Colômbia tenha uma população menor do que Brasil e México, a lista de espera é maior do que em qualquer outro país”, disse. 

Isso, segundo o BTG, reflete a aceleração da confiança no Nubank, uma vez que o grupo já possui 48 milhões de clientes na América Latina.