Para ser como Itaú, Nubank precisa entregar retorno de 30% nos próximos 5 anos
Para conseguir ser avaliado como o Itaú (ITUB4), entre US$ 40 a US$ 50 bilhões, o Nubank precisará entregar um ROE (retorno sobre o patrimônio) de 30% nos próximos cinco anos, calcula o BTG, em relatório enviado a clientes.
O banco lembra que, atualmente, o Itaú tem retorno de 19%, mas a divisão de varejo historicamente entregou um ROE próximo de 30%.
“Esse parece ser o que Nubank está perseguindo”, completa o banco.
Lucrativo, mas não agora
Para o BTG, a história da fintech é claramente boa. A instituição tem poucas dúvidas de que o Nubank pode ser lucrativo.
No entanto, os analistas Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura dizem que é difícil saber exatamente o tamanho da lucratividade do negócio.
“Dada a deterioração do cenário macro brasileiro, ser prudente em relação ao crescimento em 2022 será a estratégia certa”, argumentam.
Como lucrar?
Na visão dos analistas, três fatores podem contribuir para o Nubank elevar a sua lucratividade:
- Aumento contínuo da base de ativos mensais de clientes;
- Aumento do ARPAC (receita média por ativo cliente) conforme mais produtos são desenvolvidos e o engajamento aumenta.
- Reduzir o custo por cliente à medida que o grupo ganha escala;
“O Nubank conseguiu aumentar a aquisição de clientes em cortes mais recentes”, argumentam.
Queridinha do brasileiro
O trio ressalta que o Nubank construiu uma das marcas mais queridas e admiradas da América Latina com preços muito baixos em despesas de marketing.
“O banco tem como objetivo ser a melhor fintech do mundo, por isso a administração montou uma equipe internacional com experiência de mercado e pontos de vista variados”, afirmam.
E isso se reflete em resultados. Desde o início, o Nubank sempre manteve o maior NPS (Net Promoter Score, em inglês), que mede a satisfação dos clientes, entre os bancos.
Internacionalização
Os analistas acrescentam que o Nubank possui uma fila de clientes na Colômbia, assim como aconteceu no Brasil e no México.
“Embora a Colômbia tenha uma população menor do que Brasil e México, a lista de espera é maior do que em qualquer outro país”, disse.
Isso, segundo o BTG, reflete a aceleração da confiança no Nubank, uma vez que o grupo já possui 48 milhões de clientes na América Latina.