Para reduzir risco, BTG inclui Cosan e Sabesp na carteira recomendada de março
O BTG Pactual (BPAC11) trocou Gerdau (GGBR4) e BR Properties (BRPR3) por Cosan (CSAN3) e Sabesp (SBSP3) na carteira recomendada para março. Em relatório divulgado ontem (2), o banco explicou que as mudanças visam reduzir o risco do portfólio.
“A Cosan tem realizado uma execução perfeita no negócio de distribuição de combustíveis com Raízen e Comgás, enquanto opera seus negócios de energia (açúcar e etanol) de maneira inteligente”, afirmaram os analistas Carlos Sequeira, Osni Carfi e Ricardo Cavalieri.
A inclusão da Sabesp está ligada ao potencial de privatização da empresa com a aprovação do novo marco legal do saneamento. Para o BTG, existem grandes chances da proposta ser aprovada nos próximos meses.
“De qualquer forma, no nível atual, vemos a Sabesp sendo negociada com 8% de FCF yield”, complementou a equipe de análise.
Da composição anterior, foram mantidos os ativos da B3 (B3SA3), Vale (VALE3), Localiza (RENT3), Lojas Renner (LREN3), Petrobras (PETR4), Totvs (TOTS3), JBS (JBSS3) e Oi (OIBR4).
No mês passado, a carteira caiu 9,2%, ficando abaixo do Ibovespa.
Cenário macroeconômico
O surto de coronavírus pressionou os mercados nos últimos dias, com o Ibovespa seguindo a tendência global. O índice brasileiro caiu 8,4% em real e 12,6% em dólar em fevereiro, mas voltou a ser negociado a menos de um desvio padrão acima da média – 13,6 vezes o lucro.
“Consideramos este patamar como um nível atraente, mesmo que seja difícil dizer que este patamar de preço seja o ‘piso’ do movimento de correção”, disse o banco.
Os analistas modelaram o crescimento do PIB do Brasil para 2020 em 2,2%, à espera dos lucros das empresas expostas com maior exposição ao mercado interno.
“É inegável que uma atividade econômica mais fraca possa afetar nossa previsão de crescimento dos lucros para o ano, mas não esperamos um impacto drástico com base nas informações atualmente disponíveis”, pontuaram Sequeira, Carfi e Cavalieri.