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Para que comprar outro navio quando é possível cortá-lo ao meio?

06 dez 2019, 16:48 - atualizado em 06 dez 2019, 16:48
Após quatro meses de cirurgia, o “Star Breeze” será maior, mais luxuoso e mais rentável (Imagem: Wikimedia Commons)

Algumas semanas atrás, John Delaney, presidente da Windstar Cruises, de Seattle, subiu em um andaime de um estaleiro histórico em Palermo, na Itália, e levou um maçarico para o “Star Breeze”, um iate de 30 anos e capacidade para 212 passageiros.

Com faíscas voando, funcionários do estaleiro e convidados aplaudindo, Delany fez o corte vertical final para dividir o Star Breeze ao meio. Mas ele não estava destruindo o pequeno navio – estava fazendo exatamente o oposto.

Em um processo chamado de “alongamento”, o “Star Breeze” está sendo dividido para ganhar espaço e incluir uma estrutura central pré-fabricada de 25 metros de altura e 1.250 toneladas.

Pense nisso como dois Legos que podem ser separados para colocar outro bloco no meio. Mas com um barco.

Após quatro meses de cirurgia, o “Star Breeze” será maior, mais luxuoso e mais rentável.

Quando voltar a operar novamente em fevereiro, terá 50 novas suítes para acomodar outros 100 hóspedes, um aumento de 50% na capacidade de passageiros e cobrará preços mais altos para suas novas e brilhantes cabines. Delaney diz que a reforma deve aumentar em pelo menos 20 anos o tempo de vida do navio.

O alongamento será tão bom para os resultados da Windstar que a empresa decidiu expandir da mesma forma mais dois navios até o fim de 2020, gastando um US$ 250 milhões para aumentar sua capacidade total em 24%.

Alongar navios de cruzeiros não é uma ideia nova. Teijo Niemela, editor do CruiseBusiness.com, diz que o conceito foi emprestado de balsas escandinavas que foram cortadas para aumentar o espaço de carga. Niemela navegou em sua primeira balsa alongada na Finlândia em 1972.

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