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Para político americano, a maior stablecoin do mundo é “uma bomba-relógio”

08 fev 2022, 13:35 - atualizado em 08 fev 2022, 13:35
O congressista Warren Davidson, ao comentar sobre os riscos financeiros propostos pelas stablecoins, disse que “a Tether, por exemplo, é uma bomba-relógio” (Imagem: Unsplash/DrawKit Illustrations)

Um membro do Congresso americano fez um comentário excêntrico sobre as stablecoins, um tópico muito presente no Capitólio americano nos últimos dias.

O congressista Warren Davidson, ao comentar sobre os riscos financeiros propostos pelas stablecoins, disse que “a Tether (USDT), por exemplo, é uma bomba-relógio”.

Segundo ele,

Não há transparência nem divulgação o suficiente [com a Tether]. Eles afirmam que têm um documento comercial, mas não divulgam exatamente o que é. É neste ponto que acredito que uma estrutura que impõe a divulgação de informações irá fornecer, de fato, proteção ao investidor.

Ao fazer referência a uma ação de fiscalização polêmica feita pela Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio (SEC, a CVM americana), Davidson acrescentou que: “Reguladoras devem ‘fechar o cerco’ em torno da Tether. Honestamente, há mais razões para a SEC ficar de olho na Tether do que na Ripple e na XRP”.

As afirmações do congressista são ainda mais relevantes, visto que Davidson não é um alarmista contra criptomoedas, mas, sim, um dos maiores defensores do setor no Capitólio.

Davidson é membro do Blockchain Caucus, uma coalizão de deputados focada nas indústrias de cripto e blockchain, e do Comitê de Serviços Bancários da Câmara dos Deputados.

Embora a estrutura regulatória para as stablecoins ainda seja algo a ser definido nos Estados Unidos, a Tether, a operadora da maior stablecoin do mundo, continua sendo “o elefante na sala” para os reguladores.

A companhia já foi muito criticada por sua abordagem à transparência operacional, e também tem se mantido ausente de discussões de políticas dentro dos EUA, mesmo nas que envolvem emissoras de stablecoins concorrentes.

Atualmente, a Tether está em uma disputa judicial com a CoinDesk quanto a detalhes sobre o recente acordo com a Procuradoria Geral de Nova York, acordo este que proibiu a empresa-irmã da emissora, a corretora cripto Bitfinex, de operar no estado.