Para os preços do boi, ainda bem que é sexta, dia de pausa no fundo do poço
O movimento combinado de oferta maior e demanda como sempre sem vigor, e agora com certo arrefecimento das exportações, coloca o boi cada vez mais no fundo do poço.
Ainda bem, para os produtores, que hoje é sexta (11), dia sem liquidez que pode estabilizar os preços.
Se houver alguma virada mais consistente, só na virada do mês, se estima no mercado. Até lá, a saída de bois de confinamento, as entregas de contratos a termo e de animais confinados dos próprios frigoríficos contra demanda interna sem vigor e a externa arrefecendo, deixam as indústrias em céu de brigadeiro.
Quando se olha apenas pela entrada de mais recursos na economia com o 13º salário, tenta-se achar algum suporte para escoamento da carne, frigoríficos abatendo mais, encurtando programação e comprando mais de novembro para dezembro.
Mas são fundamentos frágeis, sobretudo se descontar o aumento dos gastos gerais da população nesta época e a necessidade de saldar dívidas.
Ainda por cima, a deflação de três meses do IPCA cessou. Outubro já teve alta de 0,59%, com os alimentos na ponta, e já se observa que novembro alguma dose de carestia pode ser repetida.
Com a China tendendo a sair das compras em dezembro, o que tradicionalmente ocorre neste período, para só voltar ao mercado após o meio de fevereiro, o cenário fica mais incerto.
Não é à toa que o boi China anda emparelhado em preços com o boi comum.
Este último, cuja carne fica por aqui, caiu mais ontem. A Scot cravou R$ 266 em São Paulo, à vista, em R$ 5 a menos sobre a quarta, enquanto até o Cepea registrou derretimento de 4,50%, para R$ 279,10.
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