Para onde vai o Ibovespa (IBOV)? BB lança preço-alvo para 2024; confira
O Ibovespa (IBOV) voltou do feriado disparando. Passada a famosa Super Quarta, conhecida como a data em que os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos se reúnem para decidir o futuro dos juros em seus respectivos países, o índice engatou uma forte valorização nesta sexta-feira (3).
Por volta das 11h30, o Ibovespa subia mais de 2%, negociado a 11.441,59 pontos. Ações do varejo doméstico lideravam as altas, em reação à queda nos juros futuros após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortar mais uma vez a Selic em 0,50 ponto percentual, dando continuidade ao processo de flexibilização monetária no Brasil.
O índice tem um espaço de ganhos para buscar ainda, defende o BB Investimentos. Até o fim de 2024, a casa prevê um preço-alvo de 131 mil pontos, o que implica um potencial de valorização de 13,8% sobre o patamar atual.
Segundo o BB, o novo patamar representa o nível mínimo de potencial de alta “se considerarmos um prêmio de risco de equity no patamar em torno dos 5%”.
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Cautela ainda é predominante
Apesar da euforia do mercado nos primeiros dias de novembro, analistas seguem em posição de cautela. Para eles, três fatores devem mexer com o mercado de ações no mês.
Os juros continuam sendo um ponto de atenção. Apesar de o Brasil estar vivendo o ciclo de cortes e os Estados Unidos terem optado por manter os juros do país na faixa dos 5,25-5,50% na última reunião, instituições reforçam que os juros globais seguem elevados, o que pode manter os investidores longe de investimentos mais arriscados, como é o caso de renda variável.
Além disso, dentro do cenário doméstico, debates sobre a situação fiscal têm gerado ruídos que afastam o investidor do Ibovespa.
Para completar, a temporada de resultados deve adicionar volatilidade adicional às ações.
Segundo o BB, caso a temporada não traga surpresas positivas, é provável que o Ibovespa siga sob pressão ao longo das próximas semanas.
Por enquanto, o banco avalia que a safra de balanços tem andado de forma neutra, sem grandes surpresas positivas ou negativas. Dos setores mais relevantes da Bolsa, o BB está mais otimista com os resultados das companhias de óleo e gás, visto que elas foram beneficiadas pelo salto de quase 30% nos preços da commodity no terceiro trimestre.