Para lucrar com dividendos: 22 analistas selecionam 8 ações para comprar em agosto; confira
A lista de ações preferidas para lucrar com dividendos em agosto sofreu algumas mudanças nas carteiras de analistas.
Papéis de estatais, como Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3), ganharam espaço, enquanto a Vale (VALE3) voltou a liderar a lista, segundo levantamento do Money Times que revirou as carteiras de 22 bancos, corretoras e casas de análise.
A mineradora, que divulgou seu resultado trimestral na última semana, também bateu as preferências na carteira mensal.
O Safra foi um dos que incluíram a gigante em seu portfólio. De acordo com os analistas, há uma perspectiva de melhora gradual do mercado imobiliário chinês com estímulos do governo, o que poderia dar suporte para os preços do minério de ferro.
“A empresa deve continuar a gerar um fluxo de caixa sólido e manter níveis atrativos de remuneração aos acionistas. Adicionalmente, o prêmio de qualidade para o minério tende a se manter próximo do nível atual, devido à busca por maior eficiência e elevados padrões ambientais das siderúrgicas”, sustentam.
Para o BTG, a empresa é a ação que continua sendo o nome preferido para exposição à reabertura da economia chinesa.
“Esperamos que a atividade econômica chinesa se recupere gradualmente à medida que o governo diminui as restrições e o mercado imobiliário apresente melhora (“too big to fail”)”, explicam os analistas.
Sobre o resultado do segundo trimestre, o banco argumenta que a mineradora apresentou um bom conjunto de números, o que deve ajudar a melhorar a percepção do mercado sobre a tese.
“Agora estamos mais confiantes de que o momento operacional mais fraco da empresa passou e que a produção/vendas e o desempenho de custos devem continuar melhorando nos próximos trimestres”, argumenta.
Além disso, o banco diz que a monetização de parte de sua divisão de metais básicos é geradora de valor para companhia (o negócio representa cerca de 40% de seu valor de mercado sobre apenas 10-15% de seu Ebitda).
No dia da divulgação do seu resultado, a empresa vendeu, por US$ 3,4 bilhões, 13% de sua unidade de negócios de metais básicos para os fundos Manara Minerals e a Engine N.
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Banco do Brasil em 2º
Prestes a divulgar o seu resultado do segundo trimestre, o Banco do Brasil aumentou sua presença em carteiras para agosto.
O Santander, que elevou o preço-alvo do banco de R$ 62 para R$ 75, destaca que o BB está atualmente negociando a um múltiplo P/VPA (preço sobre valor patrimonial) de 0,75x, abaixo do árduo período de 2015-16, momento em que o ROE (retorno sobre o patrimônio) atingiu o patamar de 7,5% (2016).
“Dessa forma, por muito que compreendamos o risco político por ser uma companhia estatal, acreditamos que ainda existe um risco assimétrico em seu valuation, que ficou ainda mais visível após a publicação do guidance para 2023”, coloca.
Além disso, o Santander diz que o Banco do Brasil fechou a diferença de rentabilidade com os bancos privados.
“Acreditamos que o próximo passo é estreitar o gap de valuation. É importante ressaltar que, mesmo em caso de piora do cenário macroeconômico, acreditamos que o Banco do Brasil esteja em uma posição melhor, dada a sua exposição ao setor do agronegócio, que sustentou o PIB brasileiro nas últimas décadas”, completa.
Tem espaço para a Petrobras em dividendos?
Já a Petrobras galgou posições e agora aparece com nove indicações. A empresa aprovou uma nova política de dividendos que prevê a distribuição de 45% do fluxo do caixa em proventos, antes em 60%. Apesar do corte, analistas viram o copo meio cheio.
“Nem tão ruim quanto se temia, nem tão boa quanto esperávamos”, resumiu o BTG. Para o banco, a petroleira deverá gerar um dividend yield de 13% para 2024, “o que nos parece justo”.
Nas últimas semanas, destaca, os preços dos combustíveis da Petrobras divergiram significativamente da paridade de importação mediante a alta do preço do petróleo — “estimamos descontos de 34% e 20% para gasolina e diesel, respectivamente e acreditamos que o mercado deve voltar sua atenção para isso nos próximos dias”.
“Um potencial ajuste para cima pode ser muito bem recebido, enquanto um período mais prolongado sem ajustes pode superar a maioria dos aspectos positivos da nova política de dividendos“, completa.
Vivo continua no páreo
A Vivo, que liderou as indicações no levantamento do mês anterior, caiu para terceiro lugar, com 11 indicações.
Para o Safra, a tele vive bom momento de resultados, com um ambiente competitivo favorável, beneficiado pela aquisição de parte da Oi móvel.
“Vemos boa perspectiva de pagamento de dividendos e um valuation bastante atrativo, além da potencial redução de capital a ser realizada o que poderia aumentar ainda mais a remuneração do acionista”, destaca.
Ação | Ticker | Indicações |
---|---|---|
Vale | VALE3 | 15 |
Banco do Brasil | BBAS3 | 12 |
Vivo | VIVT3 | 11 |
Gerdau | GGBR4 | 11 |
Itaú Unibanco | ITUB4 | 9 |
Engie | EGIE3 | 9 |
Petrobras | PETR4 | 9 |
Copel | CPLE6 | 7 |
Levantamento
O levantamento do Money Times levou em consideração as informações das carteiras de ações divulgadas por 22 instituições. Para junho, foram indicadas 44 ações, somando 164 recomendações.
Participaram do levantamento Ágora, Ativa, BB Investimentos, BTG Pactual, Nu invest, Eleven, Empiricus, Genial, Guide, Inter, Itaú BBA, Mirae Asset, MyCap, Nova Futura, Warren, Órama, PagBank, Planner, Banco Safra, Santander, Terra e XP.