Para levar o HTF da ‘terra de ninguém’ ao B2B, app desafia pequeno produtor a se digitalizar
Os produtores de hortrifruti (HTF) granjeiros costumam dizer que sofrem com o clima e os com atravessadores. Os consumidores sofrem com os três nessa cadeia desorganizada e formada por milhares de pequenos agentes sem o mínimo de critério comercial dos preços.
Como contra as oscilações do clima não é possível haver combate, o processo de modernização das relações comerciais, passando pelo B2B digital, poderia alcançar plataformas de compra e venda que tirassem o setor do tradicional meio de negócios das centrais de abastecimento que são uma terra ninguém.
Mas não, a Campolink diz oferecer uma dessa soluções de marketplace entre produtores com os atacadistas – mas não oferece a venda direta ao varejo – mas certamente terá que desafiar os produtores a usarem os meios de conexão digital.
“Os produtores rurais enfrentam desafios como a falta de apoio e a carência de informações precisas e atualizadas sobre a variação dos preços do setor, os aspectos logísticos para que possam consolidar uma carga mínima, além do acesso a bons atacadistas”, explica Sérgio Tavares de Oliveira, fundador e CEO da Campolink.
O resumo é que o APP tiraria, para os adotantes, a intermediação, que expande os preços dos fornecedores a níveis que nunca ninguém consegue dimensionar, para chegar ao varejo – especialmente os médios e pequenos, que também botam suas margens – muitas vezes sem a menor realidade.
O novo sistema avança ainda para melhorar o nível de inadimplência do setor, com equipes que correm os polos de negócios registrados na plataforma, inclusive fazendo levantamentos das entregas feitas e recebidas, acrescenta o empresário, que desde 2017 entrou para o negócio de distribuição de HTF e sentiu na pele as “as agruras” do setor.
Tavares de Oliveira calcula em 84% os pequenos e médios estabelecimentos rurais que produzem frutas, verduras e legumes, responsáveis por 70% dos alimentos comercializados nos País.