Economia

Para evitar prejuízo, bares e restaurantes não repassaram aumento de insumos nos preços em 2022

13 jan 2023, 13:45 - atualizado em 13 jan 2023, 13:45
São Paulo, bares
Para segurar volta do movimento, bares e restaurantes não tem repassado aumentos para os clientes (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Com o fim, ou a redução da pandemia de coronavírius, os movimentos em bares e restaurantes começou a subir, mas, para evitar a perda de clientes, os estabelecimentos não tem feito os repasses parciais da inflação dos alimentos. “O setor ainda está represando parte dos aumentos dos insumos”, disse Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, em comunicado.

A entidade destaca que no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a inflação acumulada de alimentos e bebidas teve alta de 11,64% em 2022 contra uma elevação de 7,47% nos preços da alimentação fora do lar.

“O fato é que, em termos relativos, diminui a distância entre o custo de se comer em casa do custo de se comer em bares e restaurantes”, comparou o representante do setor. O IPCA mostrou que os bares e restaurantes continuam segurando os repasses dos principais insumos para os cardápios.

No acumulado de 2022, embora um pouco acima do índice geral (5,79%), a inflação no setor (7,47%) fechou muito abaixo do índice de aumento dos alimentos de bebidas (11,64%) e teve quase metade do aumento registrado na alimentação dentro de casa (13,23%).

No setor de alimentação fora do lar, as refeições (5,86%) subiram bem menos que os lanches (10,67%) no acumulado do ano. Nos últimos doze meses, os insumos no geral ficaram mais caros como o arroz (5,98%), a batata inglesa (51,92%), cebola (130,14%), cenoura (2,52%), presunto (6,51%), leite longa vida (26,18%), biscoito (24,04%), pão de queijo (20,03%), pão de forma (29,72%). Já outros sofreram deflação, como é o caso do feijão preto (-6,01%), da carne de porco (-0,25%) e do filé mignon (-10,72%).

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