Tempo real: Ibovespa aguarda juros mais baixos na Europa enquanto segue de olho em Trump


Robert Shiller, economista ganhador do Prêmio Nobel em 2013, enxerga uma “forte possibilidade” de recessão econômica nos EUA.
Em entrevista à Bloomberg, Shiller, que é professor da Universidade de Yale, afirma que uma recessão na maior economia do mundo seria, em parte, resultado de uma “profecia autorrealizável”, já que investidores, empresas e consumidores estão cada vez mais preocupados com a possibilidade de uma recessão.
O crescimento do medo de uma contração econômica tem como principal causa a aceleração da inflação no país, enquanto o Federal Reserve (Banco Central norte-americano) tem intensificado esforços para controlar seu crescimento, com o aumento das taxas de juros.
“Uma parte importante da narrativa em desenvolvimento envolve o aumento de juros pelo Fed e a definição de uma estratégia para subir mais as taxas”, explica Shiller à Bloomberg.
A próxima leitura de preços ao consumidor nos EUA será divulgada na sexta-feira (10), e o Fed irá se reunir mais uma vez na semana que vem, na terça (14) e quarta-feira (15). O mercado estima que a autarquia decida pelo aumento de meio ponto percentual na taxa básica de juros do país.
Um número crescente de consumidores norte-americanos têm demonstrado preocupação com uma recessão econômica nos EUA. O termo “Recessão em 2022″ (recession in 2022, em inglês) sofreu um aumento repentino de 4.500% em buscas no Google (GOGL34) durante o mês de maio.
Já assuntos relacionados, como “a recessão está vindo em 2022?”, “haverá uma recessão em 2022?” e “recessão 2023” também sofreram um aumento repentino de mais de 2.000% entre abril e maio.
O vencedor do Nobel estima que a possibilidade de uma recessão nos próximos dois anos é 50% maior do que o normal.
O Brasil no cenário de recessão
Caso a recessão econômica nos EUA se concretize, José Cassiolato, sócio da Nexgen Capital, enxerga dois cenários de reação dos mercados à economia brasileira.
No primeiro caso, a recessão pode “corrigir os rumos da inflação, retirando parte da pressão sobre os preços de mercadorias e serviços”.
Nesse cenário, o Brasil pode se beneficiar, mantendo uma parcela da liquidez injetada nos últimos anos e se destacando na atração de capital estrangeiro.
Já se a recessão tão tiver impacto no processo inflacionário, e o impacto pode ser negativo. “A redução mais acelerada da liquidez americana enxugaria a disponibilidade de capital, principalmente para os países emergentes”, explica.
Saiba mais! Brasil, EUA e China: O que esperar das grandes economias?
Entre para o nosso Telegram!
Faça parte do grupo do Money Times no Telegram. Você acessa as notícias em tempo real e ainda pode participar de discussões relacionadas aos principais temas do Brasil e mundo. Entre agora para o nosso grupo no Telegram!