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Para Citi, a cisão da Azzas 2154 é ‘improvável’ e ‘destrutiva’ para o negócio

19 mar 2025, 9:44 - atualizado em 19 mar 2025, 9:44
Azzas 2154
Azzas 2154 nega conversas entre os sócios para eventual fusão; Citi avalia separação do negócio como "improvável" (Imagem: Montagem/Money Times)

Depois do tombo das ações entre os pregões da última sexta-feira (14) e da segunda-feira (16) com rumores de ‘divórcio’ entre os principais acionistas e gestores da companhia, a Azzas 2154 (AZZA3) afirmou que não há conversas de cisão dos negócios

Para o Citi, as notícias recentes sobre divergências entre Alexandre Birman, o CEO da Azzas, e Roberto Jatahy, que é responsável pela moda feminina do grupo e liderava o Grupo Soma, não são novidades. Isso porque há relatos de uma possível saída do gestor da antiga Soma desde fevereiro deste ano. 

Na avaliação do banco, a cisão dos negócios é “improvável” e, caso aconteça, será “destrutiva” para o valor da companhia — pelo menos, no primeiro momento. 

“Isso significaria reverter um processo de integração em andamento e gerar um possível impacto na percepção e credibilidade da companhia”, afirmou o analista João Pedro Soares em relatório. 

Para ele, um acordo “amigável” entre os executivos, em que Jatahy permanece no conselho, seria a saída mais viável. Na visão mais pessimista, a solução seria Birman comprar a participação do líder da Soma, com um prêmio — o que geraria mais complexidade. 

“Se esses casos acontecessem, provavelmente reduziria o ruído contínuo nas ações, que parecem já estar precificando o pior”, disse o analista. 

O Citi ainda relembra que os executivos só poderão liberar cerca de 5% de suas ações por ano até 2030, que é quando o lock-up termina e o acordo “libera” 15% das ações por ano. 

“Portanto, Birman teria, de fato, que comprar a participação de Jatahy para que ele saísse da empresa”, afirmou Soares. 

Hoje, Jatahy tem 9,1 milhões de ações (participação de 4,4%), enquanto Birman tem 23 milhões de ações (participação de 11,3%).

O que fazer com AZZA3

No relatório, o Citi lembra que divulgou a primeira avaliação da companhia em 17 de setembro, quando foi adicionada a classificação de “alto risco” para as ações, devido à maior complexidade da integração dos negócios após a reorganização da gerência na liderança de moda masculina. 

Agora, com o fluxo de notícias recentes, por sua vez, esse risco já embutido na tese de investimentos aumentou. 

Mesmo assim, o Citi mantém a recomendação para compra das ações AZZA3, com preço-alvo de R$ 42 — o que representa um potencial de valorização de 82,6 sobre o preço de fechamento da última terça-feira (18).

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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