Para CEO do Banco Inter, coronavírus dá vantagem temporária a grandes bancos
Para o CEO do Banco Inter (BIDI11), João Vitor Menin, os grandes bancos apresentarão um desempenho melhor que a média do setor, durante a pandemia de coronavírus.
Em teleconferência com analistas do BTG Pactual (BPAC11), o executivo – que também pertence à família controladora – afirmou ainda que a crise vai frear a tendência de desconcentração do setor bancário.
Apontado como uma das 100 fintechs mais inovadoras de 2020 pela KMPG, o Banco Inter acredita, também, que diversas rivais não resistirão à crise. Os bancos e fintechs mais frágeis sofrerão mais nos próximos meses, segundo Menin. E nem todas sobreviverão.
O CEO observa, contudo, que a tendência de médio prazo não mudou. A digitalização do setor bancário continuará, e a crise, no fim, pode aprofundar o hábito da população de acessar serviços online, provando que as agências físicas já não são necessárias.
O executivo admite que o Banco Inter pode realizar aquisições após a crise, mas reforçou que não é hora de gastar dinheiro.
Já os analistas Eduardo Rosman e Thomas Peredo, que assinam o relatório do BTG Pactual, acreditam que o Inter está bem preparado para enfrentar os próximos meses.
“Com capital, depósitos baratos e um forte controlador, eles podem emergir ainda mais fortes no mercado de brasileiro de bancos digitais, após a crise”, afirma a dupla.
O BTG Pactual tem recomendação de compra dos papéis do Inter, com preço-alvo de R$ 63, o que significa uma alta potencial de 133% sobre a cotação usada como referência pelo relatório (R$ 27).