Para Bolsonaro, se depender do Fachin, Lula será presidente
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que, se depender do atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltará a comandar o país.
Em entrevista veiculada em um podcast no Youtube, Bolsonaro criticou a anulação das condenações do petista por Fachin e ainda disse erroneamente que o magistrado permitiu o ex-presidente deixar a prisão.
“Não tem cabimento essa anulação do processo dele, ele não foi julgado ali inocente. O ministro Fachin, que está presidindo o TSE agora, diz que ele deveria ser julgado em Brasília ou São Paulo e não lá em Curitiba e anulou três condenações dele, até a última que foi até o Supremo Tribunal Federal. E ele voltou”, disse.
“Então o Fachin tirou da cadeia, tornou elegível e está presidindo o TSE. No meu entender, se depender do Fachin, ou do voto do Fachin para ser educado aqui, ele (Lula) será presidente da República”, emendou.
Em outubro de 2019, com o voto contrário do próprio Fachin, o plenário do STF alterou o entendimento anterior sobre a execução imediata da prisão após condenações em segunda instância.
Essa nova posição favorável à execução da pena somente após o trânsito em julgado beneficiou Lula nos processos a que foi alvo na Lava Jato, permitindo que deixasse a prisão.
Em março de 2021, Fachin considerou que a 13ª Vara Federal de Curitiba responsável por conduzir os principais processos da Lava Jato não era competente para julgar os casos do ex-presidente referente ao triplex do Guarujá, ao sítio de Atibaia e ao Instituto Lula.
Ele anulou as condenações existentes triplex e sitio e determinou a redistribuição de todas as ações por varas federais de São Paulo ou Brasília.
A anulação das condenações de Lula por Fachin foi confirmada pelo plenário do STF.
Fachin é o relator dos processo envolvendo a operação Lava Jato no Supremo.
Nos últimos meses, atrás de Lula nas pesquisas da corrida eleitoral, Bolsonaro voltou a fazer ataques a integrantes do STF e do TSE.