Agosto foi positivo para incorporadoras sem foco na baixa renda, diz BB Investimentos
O BB Investimentos destaca que as incorporadoras imobiliárias tiveram no segundo trimestre do ano números positivos na comparação anual, com vendas e lançamentos recentes sendo gradualmente reconhecidos e favorecendo o resultado. O destaque ficou para as empresas focadas no segmento de renda média/alta, que voltaram a apresentar resultados positivos.
Já segmento de baixa renda, este enfrentou maiores pressões em função de maiores restrições pela Caixa Econômica Federal no processo de repasse, bem como pela mudança nas regras do Programa Minha Casa Minha Vida ao final de 2018, o que levou a uma menor participação da faixa 1,5 no Programa. No entanto, também apresentou resultados positivos no geral.
Sobre os atrasos de pagamento do MCMV, os analistas destacam que esses atrasos afetam principalmente as empresas que operam a faixa 1 do Programa, na qual 90% do valor da propriedade é subsidiado com recursos do Orçamento Geral da União. No entanto, esses atrasos também impactam as faixas 1,5 e 2, que contam com subsídios menores (10% do valor da propriedade), criando maior incerteza quanto ao tamanho do impacto que esses atrasos terão nos resultados do 3T19 das incorporadoras.
Com isso, depois de meses performando bem acima do Ibovespa (15% em junho e 8,6% em julho, ante 4,1% e 0,8% do IBOV no mesmo período), o IMOB sofreu uma leve realização em agosto (-0,5%, mas ainda melhor que o benchmark).
O BB-BI destaca que em agosto, o Ibovespa fechou com leve queda de 0,67%, após forte recuo no fluxo de capitais estrangeiros. Por um lado, a intensificação da aversão ao risco global e a escalada pontual da aversão ao risco aos mercados emergentes devido à crise na Argentina, puxaram o índice para baixo. Por outro lado, notícias positivas no cenário doméstico, com o PIB trimestral e a taxa de desemprego surpreendendo positivamente, contribuíram para uma queda menos acentuada do Ibovespa durante o mês.
Por fim, também o BB-BI observa que a Gafisa anunciou um novo aumento de capital por subscrição privada no mês passado, ao preço de R$ 6,57. Segundo a companhia, o objetivo é captar recursos para cumprir seu plano estratégico e fortalecer sua estrutura de capital.