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Para alcançar Hapvida e NotreDame, SulAmérica precisará acelerar iniciativas, diz Genial

21 jun 2021, 17:28 - atualizado em 21 jun 2021, 17:28
Ampliando as vendas cruzadas, a SulAmérica terá mais chances de diversificar suas receitas, majoritariamente advinda de produtos de saúde (Imagem: Divulgação)

A SulAmérica (SULA11) ficou para trás em comparação a Hapvida (HAPV3) e NotreDame Intermédica (GNDI3), disse a Genial Investimentos. Enquanto as empresas rivais progrediram em tickets mais baixos, a SulAmérica avançou pouco nessa direção. Para dar a volta por cima, ela precisará acelerar suas iniciativas.

“A compra da Paraná Clínicas, que conta com 90 mil beneficiários, foi modesta, dada a posição de caixa da companhia. Já o SulAmérica Direto, produto de médio ticket, foi lançado somente neste ano”, disse a corretora.

Em entrevista ao NeoFeed, o CEO da companhia, Ricardo Bottas, comentou sobre a intenção da companhia de ganhar maior participação no segmento de ticket médio.

De acordo com o executivo, a SulAmérica tem um grande mercado para explorar. A Genial destacou que, dos 2,4 milhões de beneficiários de planos de saúde da SulAmérica, apenas 150 mil estão integrados nessa categoria.

A corretora defendeu que, ampliando as vendas cruzadas, a SulAmérica terá mais chances de diversificar suas receitas, majoritariamente advinda de produtos de saúde.

A Genial indicou manter a ação. O preço-alvo sugerido é de R$ 39,50.

Transformação no setor

O setor de saúde pode passar por uma transformação em breve. Com a fusão de Hapvida e NotreDame no radar, dá para ficar positivo com a indústria, defendeu o analista da Empiricus Fernando Ferrer.

O analista tem perspectivas bastante positivas para a combinação de negócios das duas empresas, que, por serem verticalizadas, contam com modelos de negócios vencedores.

Ferrer destacou que a NotreDame e a Hapvida foram as empresas do segmento que mais cresceram nos últimos anos. Cada uma detém aproximadamente 9% de participação de mercado. Com a fusão, o market share vai para 18%.

A fusão precisa passar pela aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ainda. A expectativa é de que a liberação aconteça até 2022.