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Para abril, XP recomenda AES Tietê, Sanepar, Cteep, Taesa e Banco do Brasil na carteira de dividendos

01 abr 2020, 8:08 - atualizado em 01 abr 2020, 8:08
Banco do Brasil
A XP vê o Banco do Brasil bem posicionado para manter recorrência no pagamento de dividendos (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

A XP Investimentos optou por não alterar as ações da carteira de dividendos em abril, divulgada ontem (31). AES Tietê (TIET11), Sanepar (SAPR11), Transmissão Paulista (TRPL4), Taesa (TAEE11) e Banco do Brasil (BBAS3) são as ações recomendadas do mês.

A equipe de análise da corretora comentou sobre cada ativo. Veja:

TIET11: o segmento de geração de energia possui margens elevadas e um certo grau de previsibilidade, dado que parte da receita já é contratada. Assim sendo, a AES Tietê apresenta lucros consistentes, embora possa haver um certo grau de volatilidade dependendo da incidência de chuvas. Estimamos um dividend yield de 11% em 2020-22.

SAPR11: a elevada distribuição de dividendos da Sanepar se deve à política de dividendos da companhia. A política prevê a distribuição do dividendo mínimo de 25% do lucro, além de 25% adicionais caso a situação financeira da empresa o permita (o que acontece desde 2012). Estimamos um dividend yield de 7% entre 2020 e 2022.

TRPL4: a Cteep recebe elevados fluxos de caixa como indenizações relacionadas a ativos não amortizados existentes até maio de 2000 (denominados RBSE). Tais elevados fluxos de caixa, somados ao baixo endividamento da empresa, nos faz acreditar que a companhia pode distribuir dividendos extraordinários (ou seja, acima do lucro que a empresa registrou no ano), conforme observado no exercício de 2018. Estimamos um dividend yield de 9% em 2020-21 (sem assumir dividendos extraordinários).

TAEE11: o segmento de transmissão de energia é baseado em receitas fixas e margens elevadas, proporcionando um estável fluxo de dividendos. Apesar de acreditarmos que as ações estão próximas do valor justo, a Taesa deve se beneficiar no curto prazo de um cenário de queda das taxas de juros, que aumenta a atratividade de pagadoras de dividendos. Estimamos um dividend yield de 8% em 2020-21.

BBAS3: as empresas do setor financeiro apresentam altos lucros e resiliência quanto à volatilidade econômica no Brasil. Dado que o banco é uma estatal e o fluxo de dividendos é importante para o governo também, vemos o banco bem posicionado para manter recorrência no pagamento de dividendos. Com yield próximo a 4% em 2020.

Em março, a carteira caiu 22,1%, desempenhando melhor do que o Ibovespa, cuja desvalorização foi de 29,9%.

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