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Suzano (SUZB3): Por que analistas não se acertam sobre compra ou venda da ação

14 abr 2023, 16:25 - atualizado em 14 abr 2023, 16:25
Suzano SUZB3
(Imagem: Reprodução/Suzano)

O Bank of America (BofA) prevê resultados mais fracos para as empresas de papel e celulose no primeiro trimestre de 2023 (1T23), refletindo a queda nos preços da celulose reportada no acumulado do ano.

Os preços da celulose devem contar com um desconto acima da média em relação aos preços de referência, devido ao descasamento do FOEX para as transações reais, além de volumes mais concentrados em março do que o normal, após vendas fracas em janeiro e fevereiro.

Por outro lado, estes resultados mais fracos podem desencadear revisões de lucros para baixo na opinião do BofA, principalmente para Suzano (SUZB3), que foi impactada pela forte queda nos preços da celulose recentemente. Na visão do banco, o valuation atual precifica um cenário de pior caso para nomes do setor, o que oferece uma assimetria interessante. Com isso, o BofA mantém posição de compra para Suzano.

O lado que recomenda vender SUZB3

De acordo com a Ágora Investimentos, os preços da celulose caíram de forma significativa na China nesta semana, em quase US$ 44/tonelada, para US$ 600, enquanto os preços da fibra longa caíram em torno de US$ 75, para US$ 768. Como resultado, o spread entre as fibras está em US$ 168, de acordo com a FOEX.

Na visão da corretora, os fabricantes de papel chineses conseguiram grandes descontos para celulose na China, depois de duras negociações durante e após a Shanghai Pulp Week, com negócios entre US$ 500-530 para celulose de fibra curta.

Além disso, os preços de revenda também continuaram em queda, agora em torno de US$ 550. Ao mesmo tempo, parece que o colapso nos preços da celulose está levando alguns produtores a paralisações para manutenção, enquanto alguns produtores integrados na China supostamente desaceleraram a produção de celulose.

A dúvida que fica é: a reação do lado da oferta será suficiente para sustentar os preços da celulose? Por ora, a Ágora mantém uma posição de cautela para o setor, com recomendação de venda para Suzano e neutra para Klabin (KLBN11).

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