Mercados

Pão de Açúcar tem queda de 2% com divulgação de prévia do 4º trimestre

15 jan 2020, 13:02 - atualizado em 15 jan 2020, 13:02
As vendas de comércio eletrônico cresceram mais de 40% em 2019 ante 2018, informou o varejista

No começo da tarde desta quarta-feira os papéis da rede de supermercados Grupo Pão de Açúcar (PCAR4) operavam com importante queda, com a divulgação da prévia do quarto trimestre, que trouxe um aumento de 24% nas vendas brutas totais em comparação com o mesmo período de 2018, para R$ 18,9 bilhões, incluindo operações do Grupo Éxito da Colômbia.

Com isso, as ações operavam com queda de 1,96% a R$ 88,33, por volta das 12h55.

Apenas no Brasil, o GPA apurou vendas brutas trimestrais de 16,5 bilhões de reais, um aumento de 8,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, com o crescimento de dois dígitos na unidade de atacarejo Assaí compensando uma retração em outros segmentos.

As vendas de comércio eletrônico cresceram mais de 40% em 2019 ante 2018, informou o varejista.

A rede Assaí teve forte evolução de 19,7% das vendas totais, acréscimo de R$ 1,4 bilhão, resultado da atratividade do canal e da contribuição das 22 lojas inauguradas em 2019, acima da previsão de 20 lojas. As vendas ‘mesmas lojas’ tiveram uma evolução de 4,3%, apesar da expressiva base de comparação (+9,9% no 4T18).

No 4T19 foram abertas 13 lojas, recorde de abertura trimestral e, com isso, o Assaí encerrou o ano com 166 lojas e crescimento da área de vendas de 20%, reforçando a estratégia do Assaí em busca da consolidação da sua presença nacional.

Para o BTG Pactual (BPAC11), como esperado, a companhia apresentou um desempenho leve de SSS, especialmente em sua divisão Multivarejo (que deve ter um desempenho inferior aos números do Carrefour (CRFB3) no mesmo período).

Para os analistas, no geral, ainda existem melhores perspectivas para o GPA, com uma perspectiva econômica mais positiva, aumento da inflação de proteínas no Brasil e migração para o Novo Mercado, sustentando o rating Compra.

No entanto, em uma análise comparativa, as perspectivas de crescimento para os varejistas de alimentos no Brasil devem ser mais fracas em comparação com outros segmentos de varejo nos próximos trimestres, o que pode limitar a vantagem do curto prazo, apesar da valorização relativa atrativa (com a negociação PCAR4 a 19x P / E 2020 vs. Mediana do setor de varejo 30x).