Pão de Açúcar: Por que follow-on de R$ 1 bilhão assusta? PCAR3 desaba até 11%
As ações do Pão de Açúcar (PCAR3) chegaram a desabar mais de 11% na manhã desta segunda-feira (11). O movimento vem após a varejista iniciar trabalhos preliminares para uma potencial oferta primária de R$ 1 bilhão, bem como propor uma nova formação para o conselho de administração.
Às 12h20, os papéis da companhia recuavam 8,08%, R$ 3,98, enquanto o Ibovespa (IBOV) operava de lado. Na mínima do dia, PCAR3 chegou a valer R$ 3,84, queda de 11,32%. As ações vinham de quatro altas seguidas, acumulando valorização de 13%.
“Caso a potencial oferta seja efetivada, os recursos obtidos serão empregados na redução do endividamento da companhia”, afirmou o GPA, que engajou Itaú BBA e BTG Pactual para analisar a viabilidade e os termos da potencial transação e BR Partners como assessor financeiro.
Na análise da Ativa Investimentos, a oferta favorece, de fato, o endividamento do Pão de Açúcar, que vem sendo um dos pilares da reestruturação.
“Com a conclusão da oferta, estimamos que a alavancagem do GPA ficaria em 2,8x (vs. 5,9x no 3T23) já considerando o passivo de arrendamento”, afirmam.
O que pressiona as ações do Pão de Açúcar hoje?
Com a oferta do Pão de Açúcar, no entanto, a Casino afirma que não seria mais controladora da varejista, devido a diluição. Atualmente, a empresa francesa detém participação de 40,9%.
Dado o tamanho da oferta e o valor de mercado do GPA, de R$ 1,17 bilhão, estima-se que a efetivação da mesma representaria uma diluição de cerca de 50% aos acionistas que não acompanharem o follow-on.
- Weg (WEGE3): Ainda vale a pena investir em uma das ‘queridinhas’ do mercado? Veja qual é a recomendação do analista Fernando Ferrer para as ações, é só clicar aqui e assistir a entrevista no Giro do Mercado desta segunda-feira (11):
“A diluição de quase 50% para o acionista vem como ponto desfavorável, pressionando as ações no dia de hoje”, dizem.
O próximo passo, segundo os analistas, é aguardar a Assembleia (AGE), que votará a respeito da oferta. A Ativa segue com recomendação neutra para PCAR3.
*Com informações da Reuters