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Pão de Açúcar (PCAR3): Cisão do Éxito destrava valor, mas potencial de alta pode ser mais limitado, diz XP

06 set 2022, 12:59 - atualizado em 06 set 2022, 12:59
Pão de Açúcar
O motivo para a perspectiva positiva do Pão de Açúcar são os ajustes mais relevantes no lucro (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

A XP Investimentos espera que a cisão do Grupo Éxito com o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) possa destravar valor por meio de uma potencial reclassificação dos ativos.

Segundo o GPA, dono dos supermercados Pão de Açúcar, a segregação de sua unidade colombiana Éxito deve ocorrer por meio de uma redução de capital, na qual distribuirá 83% das ações que detém na empresa sul-americana aos acionistas.

Apesar de acharem que a cisão deixa o negócio com uma estrutura simplificada, os analistas se preocupam com a liquidez do papel negociado na bolsa da Colômbia, vendo como um risco.

A equipe da XP calcula que as ADRs/BDRs da Éxito tenham desconto de liquidez após a operação, uma vez que o total de ações em circulação seria basicamente composto por acionistas do Pão de Açúcar (aproximadamente 53%).

Enquanto isso, “o apetite do mercado para ativos na Colômbia nos parece limitado no atual cenário macroeconômico”, explica.

Além disso, avaliando o valor do GPA e do Grupo Éxito combinados após o spin-off (considerando estimativas para 2023, recursos financeiros esperados da transação com o Assaí e pagamento de dividendo extraordinário do Grupo Éxito no início de 2023), a XP concluiu que, apesar de existir um “sólido potencial de valorização” sob múltiplo EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda), o potencial quando se considera P/L (preço sobre lucro) parece mais limitado, o que explica a recomendação “neutra” para PCAR3.

Além da cisão do Éxito, o Pão de Açúcar anunciou outros planos de desinvestimentos, como a venda dos 13% restantes do grupo colombiano e a venda dos 34% da sua participação na Cnova.

Porém, os analistas da XP avaliam desafios consideráveis no processo de monetização da Cnova e, portanto, não adicionaram esse potencial de valorização no modelo de avaliação.

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Novo preço-alvo

Apesar da recomendação mantida como neutra, a XP Investimentos aumentou o preço-alvo do Pão de Açúcar (PCAR3) para R$ 25, alta de 8,7% frente o valor anterior, de R$ 23.

Os analistas da XP aumentaram as estimativas para o lucro líquido da companhia em 61% e 39% para 2022 e 2023, respectivamente.

Segundo Danniela Eiger e equipe de analistas, os ajustes mais relevantes no lucro são por conta do efeito positivo da antecipação de recebíveis no resultado financeiro.

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