Panvel se atrapalha com Covid-19, mas ação ainda pode subir 47%
O coronavírus atrapalhou o desempenho da rede da farmácias Panvel (PNVL3) no segundo trimestre, mas não o suficiente para o Banco Safra perder as esperanças nas ações da companhia, revela relatório enviado a clientes.
A corretora reafirmou a recomendação de compra da empresa, com preço-alvo de R$ 34 até o final do ano, valorização de 47%.
Para os analistas Guilherme Assis e Felipe Reboredo, que assinam o relatório, o fechamento de 46 lojas por conta da pandemia, prejudicou os números da companhia. A empresa também sofreu diminuição no tráfego e nas vendas por conta do distanciamento social.
“Além disso, o atraso no preço anual e o ajuste teve um efeito duplo no trimestre, reduzindo as vendas e as margens”, afirmaram.
Com isso, o SSS (vendas na mesma loja, em português) caiu 5% (7,9% para lojas maduras), enquanto a margem bruta do varejo diminuiu para 28,6%, 120 bps (pontos-base) abaixo do comparativo anual.
O resultado poderia ter sido pior, não fosse o aumento do e-commerce, avalia a dupla, o “ponto alto no trimestre, com pico de 17,8% das vendas no varejo”.
Expansão
A equipe de análise aumentou a abertura de lojas de 50 para 65 em 2021 e de 50 para 80 lojas em 2022 e 2023. Como resultado, a empresa deve atingir 810 lojas em 2028 (contra 723 em nas estimativas anteriores).
No entanto, eles esperam que sejam inauguradas 290 lojas até 2024, visão mais conservadora em relação as 390 novas lojas anunciadas pela empresa no roadshow de oferta.
“Apesar do atraso, a empresa ainda ostenta um forte posicionamento no Sul do Brasil, particularmente em seu estado de origem do Rio Grande do Sul”, argumentam.
Os analistas também incorporaram a oferta pública de ações de 16 milhões de ações que captou R$ 480 milhões pela empresa.