Pandemia pressiona resultados da Positivo; BTG enxerga oportunidades no longo prazo
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A Positivo (POSI3) terminou o segundo trimestre do ano com números bastante pressionados pela pandemia de covid-19. A companhia apresentou, em relatório divulgado ontem (13), um prejuízo líquido de R$ 8,6 milhões contra o lucro de R$ 11 milhões registrado entre abril e maio de 2019.
Segundo a Positivo, as perdas refletem parcialmente a estratégia de preservação e reforço do caixa, tendo em vista as incertezas causadas pelo coronavírus. A alta do dólar e a queda da taxa Selic também tiveram uma parcela de culpa no efeito negativo do período.
A receita líquida caiu 19,9%, para R$ 440,5 milhões. As vendas de desktops sofreram recuo de 32,1%, enquanto as de telefones celulares despencaram 65,7%. Por outro lado, a demanda por notebooks subiu 12,7%, fechando em R$ 191,1 milhões. O avanço do segmento, explicou a companhia, se deve à nova necessidade das famílias de terem mais dispositivos em casa (um computador por pessoa) devido ao home office e ao homeschooling.
Compra reiterada
O BTG Pactual (BPAC11) reconheceu que o desempenho da Positivo no segundo trimestre foi fraco. Com uma recuperação gradual do setor de varejo e a piora do cenário macroeconômico, o banco destacou que alguns fatores negativos no curto prazo que podem pressionar a ação.
No entanto, a perspectiva para o longo prazo, incluindo oportunidades contratuais com o governo, é bem mais otimista.
“Mantemos uma visão de longo prazo positiva, dada a demanda acumulada por contratos com o governo e com as instituições públicas nos próximos anos, enquanto o contrato das urnas eletrônicas vencido pela companhia em julho representa um potencial de alta de 23% e 30% à nossa tese de estimativas para receita e Ebitda em 2021″, comentaram Luiz Guanais e Gabriel Savi, autores do relatório divulgado pelo banco.
O BTG reiterou sua recomendação de compra, com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 9.