Commodities

Pandemia deixa sucata de cobre mais cara que metal refinado

16 abr 2020, 7:36 - atualizado em 16 abr 2020, 7:36
Cobre
Nas últimas semanas, o custo da sucata era semelhante ou até superior ao preço do cobre refinado, segundo o Mercado de Metais de Xangai (Imagem: Pixabay)

A oferta de cobre no mercado chinês está mais apertada em duas frentes. A disponibilidade do minério diminui com a menor produção de minas no exterior e o fornecimento de um substituto essencial, a sucata de cobre, também está em queda devido aos gargalos associados com a pandemia de coronavírus.

Nas últimas semanas, o custo da sucata era semelhante ou até superior ao preço do cobre refinado, segundo o Mercado de Metais de Xangai.

É uma ocorrência rara em um setor em que a diferença é frequentemente medida em milhares de yuans por tonelada, e pode ajudar a elevar os preços do cobre no maior consumidor do mundo.

O metal é frequentemente usado como termômetro da economia devido ao amplo uso da commodity no setor de construção, bens de consumo e transmissão de energia.

Mas, neste caso, a escassez de matéria-prima que impulsiona os preços teria mais a ver com o impacto do coronavírus nas cadeias de suprimentos e nas perspectivas de crescimento global.

“O mercado de sucata de cobre está especialmente apertado, já que mal vemos suprimentos do exterior”, disse Ma Zhijun, analista da Mysteel Global. “Existe uma quantidade muito limitada circulando no mercado doméstico.”

A China é a maior compradora mundial de minério de cobre e a maior fundidora, deixando o país vulnerável ao impacto da pandemia em minas da América do Sul e interrupções da produção e do comércio de resíduos de cobre de regiões como Europa e Sudeste Asiático.

]As importações de minério do país no ano passado foram cerca de cinco vezes maiores do que as compras de sucata em termos de teor de cobre.

A escassez de sucata ocorre quando a demanda doméstica por cobre refinado se recupera gradualmente depois que grande parte da economia foi paralisada em fevereiro.

Os estoques começam a cair e os preços se recuperam das mínimas de 2016 desde o final de março, em meio a apoio político na China e medidas sem precedentes no mundo todo para reativar o crescimento.

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