Palestrantes do CONARH têm como tema a saúde mental: “Não estamos aqui falando de dinheiro, isso será uma consequência”
Saúde é tema do CONARH (Congresso Nacional de Recursos Humanos) que acontece na próxima terça-feira, dia 23 de agosto.
O congresso, promovido pela ABRH-Brasil (Associação Brasileira de Recursos Humanos) e ASAP (Aliança para a Saúde Populacional), tem como foco a saúde corporativa e retoma o formato presencial, neste ano, na Amcham (Câmara Americana do Comércio), em São Paulo.
O evento, que acontece das 8h30 às 18h30, tem como objetivo trazer as melhores estratégias e casos de sucesso que contribuam para a melhoria dos resultados da saúde corporativa do Brasil.
O tema ganhou destaque nas empresas, principalmente em tempos de pandemia, com a introdução das novas tecnologias e soluções que otimizam resultados e reduzem custos.
Para participar, os visitantes devem adquirir o ingresso no local do CONARH SAÚDE, mas podem conferir outras informações clicando aqui. Os ingressos estarão à venda por R$ 902,00 para o público geral e R$ 715,00 para os associados da ABRH-Brasil.
Saúde em pauta
Um levantamento realizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aponta que mais de 32 milhões de brasileiros são beneficiários dos planos de saúde empresariais.
De acordo com o coordenador do CONARH SAÚDE e diretor de Desenvolvimento de Pessoas da ABRH-Brasil, Luiz Edmundo Rosa, a saúde corporativa movimenta recursos significativos dentro das empresas.
Tais investimentos têm um grande potencial de aprimoramento, gerando mais valor, reduzindo desperdícios e custos, conforme pesquisas e estudos que realizamos.
Luiz lembra que a pandemia revelou o quanto a saúde corporativa é fundamental para os negócios, assim como é importante a qualidade de vida e a saúde mental para o bom desempenho das equipes.
“O tema da saúde mental é abordado de maneira rasa”
A programação do evento inclui temas relacionados à pandemia, como os novos modelos de trabalho híbrido, a saúde mental, alimentação saudável, gestão saudável, além da redução de desperdícios em saúde. De acordo com Luiz, a saúde mental será um dos principais focos do evento, por conta de sua relevância.
“Não podemos dissociar a saúde física da mental“, defende a CEO da Bee Touch e psicóloga, Ana Carolina Peuker. Ela estará no painel “Está na hora da saúde mental ganhar a real relevância”, juntamente com o diretor de RH da IOB, José Carlos Nascimento.
Para ela, é possível perceber um analfabetismo emocional de maneira geral e “o tema da saúde mental é abordado de maneira rasa” na maioria dos casos.
Os estigmas
A CEO percebe um estigma relacionado a saúde mental. Estigma esse que está, muitas vezes, relacionado a uma cultura organizacional, como aponta Ana Carolina.
Para José, os “vieses e estigmas que acontecem na sociedade hoje são muito profundos”. Falar sobre isso, segundo ele, é “encarrar da forma que tem que ser encarado”.
“Desde o início deste ano, o burnout passou a ser considerado um problema de saúde ligado diretamente à empresa”, conta Luiz. “Isso significa que, se não soubermos prevenir, em breve, assistiremos a um crescimento de causas trabalhistas por conta do burnout”.
“Não adianta distribuir sombrinhas rosas no outubro rosa”
“O que tá sendo muito atacado são os sintomas”, com soluções paliativas e não as causas quando se trata de saúde mental, defende José. “Já passou da hora de colocarmos isso como um assunto sério que temos que tratar”, isso independentemente do tamanho da empresa, complementa.
Para ele, essas questão não surgiram na pandemia da Covid-19, mas com ela a pauta se aflorou por uma série de razões.
O home office, por exemplo, modelo amplamente adotado pelas empresas para conter a disseminação do vírus, hoje é uma realidade para inúmeros profissionais e “a empresa precisa ter um ambiente de segurança psicológica, independente se estou no escritório ou em casa”, pontua José.
“Não estamos aqui falando de dinheiro, isso será uma consequência”. Para o diretor de RH é sobre “colocar um olhar diferente, porque se não o resultado será o mesmo”. E quando se trata de ações ligadas ao bem-estar “não adianta distribuir sombrinhas rosas só no outubro rosa”, ou seja, são necessários projetos continuados.
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