Política

Países que criticam desmatamento no Brasil são receptadores de madeira irregular, acusa Bolsonaro

12 nov 2020, 21:15 - atualizado em 12 nov 2020, 21:15
Desmatamento
Vão parar de falar que Bolsonaro é o desmatador, o inimigo do meio ambiente”, afirmou (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O presidente Jair Bolsonaro acusou, nesta quinta-feira, países europeus que criticam o Brasil pelo desmatamento da floresta amazônica de serem receptadores de madeira irregular, e disse que irá colocar um ponto final na questão.

“Países que nos criticam são, na verdade, receptadores”, afirmou Bolsonaro em transmissão pelas redes sociais, numa referência a uma prática criminosa de adquirir algo, em proveito próprio ou alheio, ciente que é produto de um delito.

Bolsonaro disse que é possível verificar essa informação a partir da apuração do DNA das madeiras feita pela Polícia Federal para descoberta da procedência.

Na transmissão, o presidente afirmou que os países vão ter que se conscientizar e colaborar com o Brasil, dizendo que eles têm de ajudar a não desmatar o Brasil.

“Vão parar de falar que Bolsonaro é o desmatador, o inimigo do meio ambiente”, afirmou.

Mais cedo, em transmissão a apoiadores, o presidente também falou do assunto.

“A madeira chega para ser exportada, fica uma nota e pelo DNA da madeira a PF sabe de onde vem aquela madeira. Então muitos países estão importando madeira nossa ilegal e nos criticam por desmatar. Então é só eles não comprarem que reduz em quase 90% com toda a certeza o desmatamento, porque ninguém quer o desmatamento ilegal no Brasil”, disse.

“Quem está comprando, está nos criticando. É como se fosse uma receptação”, reforçou.

Bolsonaro disse ainda na transmissão pelas redes sociais que é passível de “cartão vermelho” alguém do governo que defender a proposta de expropriação de terras em caso de crime ambiental. Essa proposta surgiu no âmbito do Conselho da Amazônia, órgão que é comandada pelo vice-presidente Hamilton Mourão.

“Não existe conversa no governo sobre expropriação de terras na Amazônia“, afirmou.

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