Países pedem defesa urgente da biodiversidade sem assumir metas obrigatórias
Mais de 100 países prometeram nesta quarta-feira colocar a proteção de habitats naturais no centro da tomada de decisão de seus governos, mas não chegaram a se comprometer com metas específicas para conter extinções em massa de espécies.
O ministro do Meio Ambiente da China, Huang Runqiu, disse aos delegados reunidos na cidade de Kunming para a Conferência das Nações Unidas sobre a Biodiversidade que a declaração que adotaram é um documento de vontade política, não um acordo internacional vinculante.
A Declaração de Kunming pede uma “ação urgente e integrada” para refletir as considerações sobre a biodiversidade em todos os setores da economia global, mas temas cruciais –como financiar a conservação em países mais pobres e o comprometimento com cadeias de produção que protegem a biodiversidade– ficaram para um debate posterior.
Como atualmente a perda de espécies vegetais e animais está em seu ritmo mais acelerado em 10 milhões de anos, políticos, cientistas e especialistas tentam estabelecer os fundamentos de um novo pacto para salvar a biodiversidade.
Em um acordo anterior assinado em Aichi, no Japão, em 2010, governos concordaram com 20 metas para tentar desacelerar a perda de biodiversidade e proteger habitats até 2020, mas nenhuma delas foi cumprida.
No cerne dos esforços para salvar a natureza está um apelo da Organização das Nações Unidas (ONU) para que os países protejam e conservem 30% de seus territórios até 2030.