Pague Menos busca R$ 100 milhões com bancos, dois meses após IPO
O conselho de administração da Pague Menos (PGMN3) autorizou a diretoria a dar prosseguimento na contratação de uma cédula de crédito bancário (CCB) de R$ 100 milhões. A ata da reunião, divulgadas nesta sexta-feira (4), não informa que instituição bancária participará da operação, nem o destino dos recursos.
CCBs são títulos privados de dívida, pelos quais, a empresa tomadora de crédito se compromete a quitá-lo sob determinadas condições, com ou sem garantia real.
A emissão de uma CCB desse porte chama a atenção, quando se lembra que a Pague Menos realizou sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) há cerca de dois meses. Na ocasião, a oferta primária totalizou quase R$ 860 milhões (R$ 715 milhões líquidos), com a ação vendida por R$ 8,50, abaixo do piso da faixa indicativa de preço.
Crescimento e caixa
Além disso, a rede de farmácias não reportou números ruins no terceiro trimestre. É verdade que a margem líquida da Pague Menos é pequena (2,1%), quando comparada com varejistas que atuam em outros segmentos, mas o lucro líquido de R$ 40,2 milhões contrastou com o prejuízo de R$ 9 milhões de igual período de 2019.
Já o ebitda ajustado, importante referência para apurar a geração de caixa, cresceu 22% e somou quase R$ 150 milhões. Por último, o relatório de resultados mostra que a companhia encerrou setembro com R$ 550 milhões em caixa, justamente pelo impulso do IPO. Sem isso, fecharia o trimestre com caixa livre negativo de R$ 141 milhões.
Veja a ata da reunião do conselho de administração da varejista de medicamentos.