PagSeguro (PAGS34): Com resultados desafiadores, é hora de comprar?
A PagSeguro (PAGS), empresa de maquininhas de cartões, registrou lucro líquido de R$ 301,3 milhões no quarto trimestre de 2021, queda de 19,8% em relação ao mesmo período de 2020, conforme o balanço divulgado na terça-feira (22).
O resultado, considerado desafiador pelo Bank of America (BofA), já “era esperado devido ao forte aumento das despesas financeiras”.
“No entanto, a margem líquida da PAGS foi muito mais resiliente do que a da Stone, seu par mais próximo. Fomos encorajados pelo guidance do 1T22, especialmente no que diz respeito à repactuação bem-sucedida e forte crescimento de volume”, afirma o banco. A recomendação do BofA é para que o investidor compre as ações.
Mas a visão não é compartilhada pelo UBS BB, que deixa a indicação dos papéis como neutra, exatamente por conta das perdas financeiras da empresa para o quarto trimestre de 2021.
“A perda foi principalmente devido a despesas financeiras acima do esperado (37% acima do UBSe, refletindo maior TPV e custo de financiamento) e despesas de vendas (9% acima do UBSe, devido a marketing, expansão de hubs, estornos e LLP). Excluindo o impacto não recorrente das provisões de estoque de PagPhone (impacto de R$ 142 milhões nas despesas), o lucro líquido não-GAAP foi de R$ 334 milhões. As receitas totais foram positivas (2% acima da UBSe; 55% acima do mesmo período do ano anterior), refletindo principalmente maiores receitas financeiras, com TPV 4% acima da UBSe (dados preliminares já divulgados aqui) e melhor mix de cartões”, explicam os analistas do UBS.
Apesar disso, o banco de investimentos enxerga um cenário positivo para o primeiro trimestre deste ano, “com em eficiência e alavancagem operacional (principalmente em marketing, SG&A e estornos)”.
O UBS também aponta que o “PAGS continuará investindo no PagBank em 2022, antecipando melhor desempenho da carteira de crédito (com NPLs sob controle); e espera que as margens líquidas sejam ligeiramente inferiores em relação ao ano anterior em 2022, dadas as taxas de juros mais altas do que o esperado, uma abordagem mais conservadora no negócio de empréstimos (devido ao macro) e o descompasso entre despesas financeiras mais altas e reprecificação”.
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*Com informações de Estadão Conteúdo