PagSeguro (PAGS) e Cielo (CIEL3) relegam desafios no setor de meio de pagamentos após balanços do 2T22
Não é de hoje que as especulações sobre o fim das maquininhas rondam as empresas de meios de pagamentos eletrônicos. Contudo, PagSeguro (PAGS) e Cielo (CIEL3) tiveram um segundo trimestre que vai contra os rumores.
O PagSeguro superou as previsões e teve lucro líquido ajustado de R$ 403 milhões, um crescimento de 17% ante 2021. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da companhia foi de R$ 831 milhões, alta de 32% ante igual período do ano passado.
A rival, Cielo, reportou lucro líquido recorrente de R$ 383,4 milhões, o que implica em uma alta de 112,5% em relação aos números reportados em 2021. O Ebitda consolidado atingiu R$ 1,18 bilhão, crescimento anual de 103,7%.
Por volta de 11h, as ações de Cielo saltavam 4,49% e liderava as altas da sessão. O grupo da PagSeguro, listado na Bolsa de Nova York (Nyse), também tinha desempenho positivo e disparava mais de 11%.
Fim das maquininhas?
Para Régis Chinchila e Luis Novaes, da Terra Investimentos, os meios digitais de pagamentos ainda crescem muito, apesar das incertezas. Segundo eles, é preciso considerar o fato de que o uso de cartões de crédito ainda é grande.
“Trata-se de algo que ainda não é totalmente disseminado pela população, devido o receio dos juros decorrentes de inadimplência”, dizem.
Em relação as novas tecnologias que ameaçam os meios de pagamentos através das maquininhas, Chinchila e Novaes pontuam que, antes, deve haver uma transformação. Com isso, elas devem passar por carteiras digitais, “que favorecem o uso de cartões de crédito, maior uso do PIX e uso maior também de criptomoedas, que apesar da instabilidade é uma possibilidade”.
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