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Pagamentos sem contato disparam para evitar contágio em lojas

16 abr 2020, 13:45 - atualizado em 16 abr 2020, 13:45
Mesmo com lojas de varejo sendo desinfetadas mais frequentemente – considerando as que estão abertas -, tocar em dinheiro ou nos teclados das máquinas implica um grande risco (Imagem: Pixabay)

À medida que mais pessoas se preocupam em se contagiar com o coronavírus ao tocar em cédulas e terminais de cartão de crédito, uma tecnologia de nicho começa a se popularizar.

Os pagamentos móveis sem contato – serviços que demoraram a deslanchar nos EUA – são cada vez mais usados porque muitos consideram que o sistema com celular é a maneira mais segura de pagar.

Consumidores também têm usado aplicativos móveis vinculados a pagamentos, como o Amazon Prime Now, para fazer pedidos de entrega ou retirada de compras. E o Departamento do Tesouro dos EUA estuda permitir que pessoas sem conta bancária recebam os cheques de ajuda do pacote de estímulo por meio de serviços de pagamento móvel, como o Venmo.

“Não devemos tocar em nada”, disse Richard Crone, diretor-presidente da empresa de pesquisa de pagamentos móveis Crone Consulting. Ele estima que pagamentos sem contato registrem aumento de 10% a 20% em transações em lojas e caixas eletrônicos como resultado da pandemia. Serviços entre indivíduos como PayPal, Venmo e Zelle também devem se beneficiar, disse Crone.

É fácil ver o porquê. Mesmo com lojas de varejo sendo desinfetadas mais frequentemente – considerando as que estão abertas -, tocar em dinheiro ou nos teclados das máquinas implica um grande risco.

Com o pagamento sem contato, é possível vincular a conta bancária ou cartão de crédito ao telefone e depois encostar o aparelho em um leitor ou apenas aproximá-lo à tela para acionar o pagamento.

Cerca de 27% das pequenas empresas nos Estados Unidos já observam um aumento de clientes que usam serviços como o Apple Pay, segundo pesquisa com 361 companhias divulgada em abril pelo Strawhecker Group e pela Electronic Transactions Association.

A Publix Super Markets acelerou sua transição para terminais sem contato por causa do Covid-19, de acordo com a empresa. No início de abril, consumidores de todas as lojas Publix já podiam usar serviços como Apple Pay e Google Pay para fazer pagamentos.

O Burger King lançou um comercial em março para incentivar clientes a usarem um aplicativo de pedido antecipado para retirada em drive-thrus.

Há algumas semanas, a varejista Walmart ajustou seu sistema de autopagamento para torná-lo completamente sem contato quando consumidores usam o Walmart Pay. Antes, era necessário tocar no botão “Pagar agora” depois de escanear as compras. Agora, é possível usar um código QR com o telefone para pagar.

O Walmart também registra aumento do uso dos serviços de retirada e entrega de produtos.

“Os clientes começaram a usar serviços nos quais não estavam interessados antes”, disse Molly Blakeman, porta-voz do Walmart.