Eliseu Padilha

Padilha diz que o PSDB não integra mais a base aliada do governo

29 nov 2017, 13:54 - atualizado em 29 nov 2017, 19:33
Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil
 

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse hoje (29) que o PSDB não integra mais a base aliada do governo do presidente Michel Temer. Ele afirmou, no entanto, que ministros do partido podem permanecer nos cargos.

“O PSDB não está mais na base de sustentação do governo”, disse, em entrevista a jornalistas. “O PSBD tem interesses políticos que está procurando preservar. O presidente Michel Temer tem a responsabilidade de governar e preservar sua base de sustentação.”

Questionado sobre a situação dos ministros de governo que são do PSDB, entre eles Antonio Imbassahy, que é responsável pela articulação política, Padilha destacou que essa é uma decisão do presidente, e que nada impede que ministros do partido permaneçam no governo como parte da “cota pessoal” de Temer.

“A questão ministerial é uma questão do presidente da República. Ele poderá manter ministros do PSDB, tendo o partido deixado de participar da base de sustentação do governo. Uma coisa é um ministro estar no governo representando seu partido e outra é o presidente, na sua cota pessoal, resolver manter um quadro que circunstancialmente seja do PSDB no ministério. Não vejo nenhuma incompatibilidade”, disse.

Previdência

No momento em que o presidente Temer articula com parlamentares a aprovação da reforma da Previdência, o ministro Padilha avalia que, pela posição histórica do PSDB em relação à reforma, o partido deve ser favorável à proposta. “O PSDB, desde o início em que esteve participando integralmente do governo, tinha compromisso com a reforma da Previdência e não me consta que eles tenham deixado de tê-lo. A gente conta que eles mantenham o compromisso”, disse.

Padilha declarou ainda que não há mais espaço para concessões no texto da reforma da Previdência além das que já foram feitas em relação à proposta original enviado pelo governo ao Congresso. “Já fizemos concessões muito grandes que representam cerca de 40% daquilo que era a proposta original. Para preservar a reforma, para que ela tenha o efeito necessário, entendemos que deveria ter guardado a corporificação inicial. Não foi possível. Chegamos no que é possível. Agora, novas concessões, além das que já foram feitas, o governo não vê como possibilidade de fazer nesse momento”, afirmou.

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