Pacote Powell: As ações que dispararam com as boas novas do Federal Reserve
As ações com correlação dos juros dispararam após discurso de Jerome Powell, o presidente do Federal Reserve. Mais cedo, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) optou por mais uma manutenção da taxa de juros de referência do Federal Reserve, nesta quarta-feira (13).
A taxa segue no intervalo entre 5,25% e 5,50% após a última reunião do Fed em 2023 — o maior em 22 anos. A autoridade, no entanto, sinalizou que o aperto histórico chegou ao fim e cortes ocorrerão em 2024.
Por volta das 17h25, os papéis do Magazine Luiza (MGLU3) saltavam 8,77%, Hapvida (HAPV3) 7,71% e Yduqs (YDUQ3) 7,13%.
Vinicius Moura, economista e sócio da Matriz Capital, lembra que toda vez que os juros caem, a taxa de juros mãe, que é a taxa de juros dos Estados Unidos, tende a impactar todos os mercados. “Então, uma expectativa menor de taxa de juros é uma expectativa de crescimento maior para os outros mercados”, coloca.
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“Tivemos ontem dados de IPCA positivos no Brasil, que também colaboram para o otimismo do Ibovespa. Os dados de ontem, além da decisão de manutenção de juros pelo FED, reforçam o ciclo de taxa de juros em queda para as próximas reuniões”, discorre.
Nos Estados Unidos, os yields dos títulos de dívida americana cederam de forma significativa, refletindo as mudanças na projeção do FED para os juros em 2024 e o gráfico de dot plots (pontos) que mostram a possibilidade de três cortes de juros em 2024.
No Brasil, as taxas dos DIs fecharam a quarta-feira em forte baixa, reagindo aos dados fracos do setor de serviços brasileiro e aos números favoráveis da inflação ao produtor nos EUA, que colocaram os rendimentos dos Treasuries em queda, em movimento intensificado à tarde pela decisão de política monetária do Federal Reserve, enquanto investidores esperavam pelo anúncio sobre a Selic no Brasil.
“O Fed surpreendeu o mercado com uma revisão das projeções de juros para o final de 2024 agora incorporando a quedas de 90 bps (0,90% pp) na taxa para o fim de 2024. A queda é coerente com um cenário de menor crescimento e uma inflação que cede – a qual pode encerrar o ano de 2024 em 2,5% de acordo com a previsão do Fed”, coloca Willian Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue Securities.
Com informações da Reuters