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Pacote fiscal é o que falta para o presente de Natal do mercado; o que esperar do Ibovespa (IBOV) nesta sexta (20)

20 dez 2024, 7:22 - atualizado em 20 dez 2024, 7:22
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Pacote de gastos passou por desidratação e deve ter um potencial de economia menor do que os R$ 70 bilhões previstos.(Imagem: Rmcarvalho/Getty Images)

Depois de uma semana marcada pela corrida contra o tempo no Congresso para aprovar as pautas que estavam faltando antes do recesso parlamentar, a liberação do pacote de corte de gastos chega na reta final.

Falta só a aprovação no Senado dos projetos de mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e limite do crescimento do salário mínimo.

Embora o mercado aguarde ansioso pelo pacote de gastos, também já está claro que ele não será suficientes. Isso porque os projetos do governo passaram por desidratação na Câmara dos Deputados e devem ter um potencial de economia menor do que os R$ 70 bilhões desenhados pela equipe econômica.

Além disso, já virou parte da rotina do Banco Central está semana: hoje vai rolar mais um leilão de venda de dólar à vista no valor de US$ 3 bilhões e de US$ 4 bilhões em linha. Trata-se da maior intervenção do regime de câmbio flutuante da história do BC. Só neste mês de dezembro foram US$ 27,76 bilhões.

No último pregão, o Ibovespa (IBOV) recuperou parte do tombo da véspera com o avanço do pacote fiscal no Congresso Nacional — que refletiram no alívio da curva de juros e do câmbio.

Nesta quinta-feira (19), o principal índice da bolsa brasileira subiu 0,34%, aos 121.187,91 pontos. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 6,1237 (-2,27%). Durante a sessão, a divisa norte-americana renovou o recorde intradia a R$ 6.30, mas a moeda perdeu força após dois leilões do Banco Central, com a injeção de cerca de US$ 8 bilhões no mercado à vista. 

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O que esperar de Wall Street

Lá fora, o destaque vai para o Índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE, na sigla em inglês) em novembro nos Estados Unidos.

As projeções do Investing.com apontam para uma alta de 0,2% no mês e de 2,5% no ano. Já o núcleo, que exclui os preços dos mais voláteis como energia e alimentos, deve desacelerar de 0,3% para 0,2% no mês, mas avançar para 2,9% no ano.

Vale lembrar que os investidores estão atentos aos números vindos dos EUA. Na quarta-feira (18), o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) realizou sua última reunião do ano.

O Federal Reserve cortou os juros de referência em 0,25 ponto percentual. Com isso, a taxa, que estava no intervalo de 4,50% a 4,75%, foi reduzida para 4,25% a 4,50% ao ano.

Mas o que pesou mesmo foram as falas do presidente Jerome Powell, que não descartou a possibilidade de elevar as taxas de juros no próximo ano. Além disso, o gráfico de pontos sinalizava que os diretores do banco central americano esperam por mais dois cortes de 0,25 pp no ano que vem, contra quatro cortes projetados em setembro.

As bolsas internacionais e futuros de Wall Street operam no negativo.

Morning Times: Confira os mercados na manhã desta sexta-feira (20)

Bolsas asiáticas

  • Tóquio/Nikkei: -0,29%
  • Hong Kong/Hang Seng: -0,16%
  • China/Xangai: -0,06%

Bolsas europeias (mercado aberto)

  • Londres/FTSE100: -0,77%
  • Frankfurt/DAX: -1,27%
  • Paris/CAC 40: -1,17%

Wall Street (mercado futuro)

  • Nasdaq: -1,10%
  • S&P 500: -0,76%
  • Dow Jones: -0,53%

Commodities

  • Petróleo/Brent: -0,99%, a US$ 72,17 o barril
  • Petróleo/WTI: -2,75%, a US$ 68,64 o barril
  • Minério de ferro: -0,77%, a US$ 105,38 a tonelada em Dalian

Criptomoedas

  • Bitcoin (BTC): -6,3%, a US$ 95.084
  • Ethereum (ETH): -13,3%, a US$ 3.200

Boa sexta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!

Editora
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.