Pacote de corte de gastos limita reajuste do salário mínimo e restringe abono salarial, diz site
O governo Lula apresentará um pacote de contenção de gastos que prevê limitar o reajuste do salário mínimo a 2,5% ao ano, além da inflação, e restringir o pagamento do abono salarial, disse o portal g1.
Hoje, o cálculo do aumento do salário mínimo considera o INPC acumulado em 12 meses (de dezembro do ano anterior a novembro do ano vigente), acrescido do crescimento do PIB registrado dois anos antes.
O abono salarial passará a ser gradualmente limitado a trabalhadores com renda de até 1,5 salário mínimo, de acordo com a publicação. Hoje o benefício é concedido a quem recebe até dois salários mínimos.
As mudanças, que visam economizar R$ 70 bilhões em 2025 e 2026 – número que já é esperado pelo mercado -, serão anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em pronunciamento na noite desta quarta-feira (27).
Isenção do IR pesa sobre os ativos
A Bolsa fechou em queda de 1,7% hoje e o dólar subiu a R$ 5,91, com a notícia de que o pacote do governo também inclui a isenção de Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil por mês.
De acordo com O Globo, a elevação da faixa de isenção do imposto de renda é vista dentro do governo como uma iniciativa de grande alcance popular.
Seria, segundo a publicação, uma forma de atenuar o desgaste que pode ser causado pela trava que será imposta ao reajuste do salário mínimo que entrará no pacote de corte de gastos.
