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Pacote de ajuda do BNDES a companhias aéreas encolhe para R$ 4 bilhões, dizem fontes

14 maio 2020, 8:49 - atualizado em 14 maio 2020, 8:49
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O BNDES fornecerá até 60% do valor e os bancos privados contribuirão com cerca de 10% (REUTERS/Sergio Moraes)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) propôs na quarta-feira um pacote de resgate no valor de 4 bilhões de reais para as companhias aéreas do país, menos da metade do montante inicialmente previsto, afirmaram fontes com conhecimento do assunto.

O plano, que primeiro centrou em torno de uma linha de crédito de 10 bilhões de reais, encolheu de valor porque os bancos privados se recusaram a conceder empréstimos maiores e porque as companhias aéreas estavam relutantes em aceitar uma maior diluição de ações, explicaram as fontes.

Sob o esquema atual, a Gol (GOLL4) e a Azul (AZUL4) devem receber 2 bilhões de reais cada. Não está claro se um acordo será alcançado com a Latam Airlines, embora ela também tenha recebido a oferta de ajuda de até 2 bilhões de reais.

As companhias aéreas foram forçadas a estacionar a maior parte de sua frota devido à pandemia de coronavírus.

O BNDES fornecerá até 60% do valor e os bancos privados contribuirão com cerca de 10%, com o restante vindo de investidores do mercado de capitais, disseram as fontes, acrescentando que o plano ainda pode mudar.

O pacote de ajuda será feito por meio da emissão de bônus de 5 anos que terão um período de carência de um ano para o pagamento de juros, bem como de instrumentos que podem ser convertidos em ações.

O BNDES, os bancos e os investidores no plano de resgate obterão um retorno total de até a taxa de referência interbancária do Brasil (CDI) mais 14% ao ano, disseram as fontes.

A Azul disse que recebeu uma nova proposta do BNDES, que está sendo analisada pela companhia. Gol, Latam e BNDES se recusaram a comentar.

A Bloomberg informou sobre o valor do plano de resgate mais cedo na quarta-feira.